Coluna De carro por aí: Registro: há 132 anos surgia o automóvel

Coluna De carro por aí: Registro: há 132 anos surgia o automóvel

A Coluna De Carro Por Aí foi escrita pelo jornalista Roberto Nasser, colunista do Portal Oficina News
A Coluna De Carro Por Aí foi escrita pelo jornalista Roberto Nasser, colunista do Portal Oficina News

Esquisito, tipo cruza de triciclo com carroça, soluções mecânicas hoje risíveis, feito em ferramentas primárias, este é o veículo auto móvel patenteado pelo engenheiro Carl Friedrich Benz aos 29 de janeiro de 1886. Foi a primeira patente para um, digamos com boa vontade, automóvel movido por combustível de nome e funções estranhas, o Lidoin, derivado de petróleo empregado em limpeza doméstica.

Patente levou o número 37.435, concedido à Fábrica de Motores a Gás Benz & Cia, nome pomposo para pequeno negócio de sobrevivência familiar.

Benz não foi o primeiro a fazer um veículo apto a mover-se por seus próprios meios, tocado por um motor de combustão interna, mas o organizado técnico a buscar patenteá-lo. Antes,  Siegfried  Markus, da Áustria, havia produzido aparato idêntico e com aparência mais automobilística relativamente ao triciclo Benz.

A organização de Benz e a expedição da patente dão-lhe o merecido título de Criador do Automóvel.

Questão básica era o fato de os motores serem muito pesados relativamente à potência produzida, comprometendo rendimento. Assim, outro alemão, ainda contemporâneo de Benz, um certo Gottlieb Daimler, fazia-os para aplicações diversas, demorando a faze-lo chegar a veículos leves, como um arremedo de motocicleta e a aplicação num veículo de quatro rodas.

Outro fato era a recenticidade da criação dos motores. Francês Etienne Lenoir fez um engenho com tal DNA, orginalmente para consumir gás – como eram os motores  com aplicação industrial também produzidos por Benz, e um alemão, Nikolaus Otto deu a diretriz ao alterar o ciclo operacional comprimindo o gás combustível, obtendo rendimento muito superior – e traçando o rumo dos motores de combustão interna, princípio vigente até hoje.

Curioso na história, o invento de Benz foi visto com susto tanto pelo insólito da proposta, quanto pela forma e,  mais, pela ausência de escapamento, o funcionamento com enormes ruídos, espantando animais. Foi sua mulher, Berta, com os filhos mais velhos, em viagem até a casa de seus pais fez, sem saber o primeiro teste, aferiu os pontos fracos, chamou enorme atenção, ganhou espaço nos jornais, apresentou o produto e provocou vendas.

Como referência, apesar de as empresas terem juntado conhecimento, meios, capitais, Daimler e Benz não se conheceram.

Para ilustrar a história, a Mercedes-Benz ainda produz, em pequenos lotes e de tempos em tempos, unidades do Patent Wagen.

O Patent Wagen ….

 

…. e sua Patente

Rota 2030: Toyota sai na frente

Em meio às definições dos caminhos da indústria automobilística a ser traçados pelo projeto Rota 2030 para os próximos 12 anos, a Toyota se adianta. Marca entende as dificuldades dos órgãos do governo para se ajustar em torno de propostas para assegurar crescimento, ganho de tecnologia construtiva, redução de consumo e emissões, e definições para o futuro, incluindo apontar caminhos e soluções para o uso de combustíveis renováveis.

Para assumir posição de referência, tem argumento de peso, o crescimento de vendas de seu híbrido elétrico Prius, de maiores vendas e estrutura no país. Saltou de 485 unidades em 2016 para 2.470 ano passado, graças a trabalho profissionalmente dirigido: envolvimento da rede de concessionários, redução de preços, situando-o pouco acima do Corolla. Cercou o consumidor com certezas de manutenção, garantia e fez crescer o valor de revenda.

Nas definições para os próximos anos, empresa, junto com outros interessados, conseguiram sensibilizar o Ministro Marcos Jorge de Lima, do MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços -, a adotar e antecipar medida incluída na estrutura do Projeto Rota 2030: a aplicação de IPI idêntico à tributação dos carros 1,0 – 7%. Com isto preços reduzir-se-ão e competitividade aumentará.

Medida tem início de vigor previsto para março, coincidindo com efeito-demonstração ora em aviamento pela Toyota, investindo para transformar o motor do Prius em flex, apto a operar com álcool.

Segundo a Toyota, no projeto de adequação do híbrido ao uso de etanol, combustível renovável gerando eletricidade, carro será recordista no cumprimento aos desejos dos órgãos federais, ao emitir a menor quantidade de CO2, enorme conquista para o meio ambiente, uma evolução decisiva o Brasil, como enfatiza Miguel Fonseca, Vice Presidente Executivo.

Prius. Dentro do ideal oficial, usará álcool para gerar eletricidade.

Roda-a-Roda

Mercado – Para ajustar-se aos tempos de recuperação e preferências do mercado, BMW foca nos SAV – Sport Activity Vehicles, classificação por ela criada – e responsável por 55% de suas vendas no país.

O que – Apresentou o X2, para vende-lo em maio, restante da família X: 1,2,3,4,5 e 6. Destaque para o X5M. Letra indica os produtos com desenvolvimento especial da marca bávara para aumento de performance.

Números – Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi fechou o primeiro ano de agregação crescendo 6.5% e cravando 10,6M de veículos vendidos. Na prática, de cada nove veículos comercializados no mundo, um é da Aliança: Renault, Nissan, Mitsubishi, Dacia, Renault Samsung, Alpine, Lada, Infiniti, Venucia, Datsun, atuando em 200 países.

Pré venda – Indefinida a imposição tributária sobre veículos importados, Volvo trouxe da Suécia iniciais 200 unidades do novo XC40, todas vendidas. SUV, quatro cilindros turbo, 2,0 litros, 190 cv, o mais potente do segmento.

Mais – Semi autônomo, quer dele fazer a bandeira da marca. Fluxo normal de importações previsto para julho, quando o Projeto Rota 2030, regulando o setor automobilístico, estiver em vigor, permitindo encomendas.

Opção – Peugeot importou novo lote de 500 unidades do SAV espanhol 3008. Mais acessórios, inflando conteúdo para atender reclamos da clientela.

…. II – Curiosamente optou aumentar vendas de produto importado, deixando de aplicar-se ao re-lançamento do nacional 2008, de ótimas características, porém de pequena e injusta participação no mercado.

Nova ? – Proclama-se Nova Peugeot, rótulo curioso quando vistos seu mapa de vendas, performance, presença, encolhidas no Centro Oeste – exceto Brasília -, Norte e Nordeste. Talvez deva relançar-se, como Peugeot, de Novo

Caminho – Ford apresentou o Ka em versão Freestyle, esforço para fazer ponte entre o hatch e a morfologia de SAV e SUV, anunciando-o como produto mundial. Quer ser visto como um EcoSport pequeno.

Ajuste – Plataforma e partes do Ka, implementos em conectividade, maior altura do solo e promessas de Ford de habilidades para andar fora de estrada, apesar da tração simples.

Classificação – Enquadra-o como CUV – Compact Utility Vehicle. Nova categoria traz desnecessário tropeço fonético.

Ka é um CUV

Quase novo – Honda iniciará distribuir aos revendedores versão revista do City, sedã construído sobre a plataforma do Fit. Mudanças, anteriormente indicadas pela Coluna, não caracterizam novo modelo, mas segunda parte do ciclo de vida.

O que ? – Apesar de retoque, exige alterações no visual frontal e posterior, pequenas mudanças interiores, implementação da conectividade. Mecânica não muda – leia-se não terá o sistema ESP, pró-estabilidade.

Responsabilidade – Primeira Câmara de Direito Civil, do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, a Prefeitura operadora do sistema de estacionamento urbano Zona Azul, é responsável pelos danos ocorridos aos veículos nela estacionados. Por enquanto vale para SP.

Melhor – Dunlop, marca ex inglesa, agora japonesa, com o sobrenome do criador do pneu, implantou novo ciclo no Brasil. Esteve aqui ao início da indústria automobilística e depois foi-se. Nova fase, no Paraná, marcada pela conquista de grandes clientes, como Volkswagen, Fiat e Toyota, exibindo capacidade de disputar preços.

Presença – Fez cinco milhões de unidades em 2017; quer crescer 20% neste exercício; construir nova fábrica para pneus para carga. Curiosidade, os Dunlop equipando o novo VW Virtus, apresentado semana passada, eram importados.

Negócio – Início da retomada das vendas pela indústria automobilística mostrou o elo fraco da corrente de produção, a de auto peças. Para evitar interrupção no fornecimento de partes a Volkswagen aplica seu peso financeiro para facilitar empréstimos de grandes bancos às menores empresas. As maiores foram assumidas por multi nacionais.

MAN 900 – Fábrica de caminhões e ônibus sucedendo tal atividade à Volkswagen, MAN registra atingir a marca de 900 mil veículos produzidos no país. Do total, mais de 750 mil construídos pelo inovador sistema Consórcio Modular, em Resende, RJ.

Caminhões MAN, 900 mil

Liquidação – Motorrad, área de motocicletas da BMW faz promoção para limpar o estoque dos modelos 2017. Desconto de R$ 4.000 para as topo R 1200 Rallye, a R$ 71.900. Modelo R, desconto menor, a R$ 62.900.

Pesquisa – Para entender sua posição no mercado nacional, importadora da motocicleta Royal Enfield conduz pesquisa entre formadores de opinião especializados no setor.

O que – Marca, antes inglesa, agora é indiana mantendo desenho e conformação dos modelos surgidos na década de ’50. Portam o saudosismo, preço menor, mas em uso sofrem as consequências do projeto superado.

Índia – Distante do nosso conceito de produtor de veículos, a Índia fornece ao Brasil as Royal Enfield, as partes formadoras da moto BMW G 310 GS, e muitos componentes do Renault Kwid.

Vento – Mário Araripe, o engenheiro cearense fundador da Troller, após passá-la à Ford, aplica-se ao mercado de geração de energia eólica. Implanta parques e os vende a investidores internacionais.

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