Conversa de pista: Alonso já venceu em Indy

Fernando Alonso e o ex-piloto brasileiro da F-Indy, Gil de Ferran

Espanhol vai largar na segunda fila na corrida de domingo. Dixon garante pole com média de 373,632 km/h. Kanaan é o melhor brasileiro no grid. 

A Coluna Conversa de Pista é escrita pelo jornalista especializado Wagner Gonzalez
A Coluna Conversa de Pista é escrita pelo jornalista especializado Wagner Gonzalez

As 500 Milhas de Indianapolis deste ano acontecem domingo mas o espanhol Fernando Alonso já pode ser considerado um vencedor da corrida com a maior premiação em dinheiro do automobilismo mundial. O feliz ganhador da tradicional Indy 500 de 2017 poderá receber mais de US$ 3 milhões e um prestígio que permitirá aumentar bastante esse valor. Três vezes vencedor da competição, o brasileiro Hélio Castro Neves foi o primeiro a quebrar a barreira dos US$ 3 milhões com sua vitória em 2009. Nos últimos anos a média do prêmio entregue ao vencedor ficou em torno de US$ 2,7 milhões.

Carro de Alonso está cada vez mais coberto por marcas de patrocinadores (IMS)
Carro de Alonso está cada vez mais coberto por marcas de patrocinadores (IMS)

Alonso pode até não vencer a corrida, mas já deixou sua marca na história do evento: ele vai largar em quinto, ocupando a vaga central da segunda fila e mostrou uma adaptação surpreendentemente rápida à pista norte-americana. Convertendo isso para moeda forte o resultado é que seu Dallara-Honda está cada vez menos laranja, a cor original da McLaren, e cada vez mais marcado por patrocinadores que pegaram carona em uma muito bem estruturada ação de marketing. Fala-se mais da estreia de Fernando Alonso no “Brickyard (referência ao pavimento original do quadrilátero de 2, 5 milhas de extensão) do que de Scott Dixon, o autor da pole position. E olhe que ele já tinha conquistado o feito em 2009 e 2015…

Scott Dixon celebra a conquista de sua terceira pole position em Indianapolis (IMS)

Tão ou mais contundente que tal resultado é o fato da performance de Alonso desviou os holofotes outrora focados no GP de Mônaco para o traçado de Indiana. Como consequência, o mundo do esporte a motor viu-se obrigado a diminuir o espaço da corrida mais charmosa da temporada da F-1 para esmiuçar as entrelinhas do acordo que tornou possível a estreia do asturiano bi-campeão mundial no universo de Indy.

A inglesa Pippa Mann é a única mulher entre os 33 piltotos que disputam a Indy 500 deste ano (IMS)

Eu mesmo já ouvi algumas pessoas comentarem que a jogada não era apenas amenizar o vexame que a Honda vive no que um dia foi o Reino de Ecclestone. Dessas almas saíram comentários de que o objetivo desse trabalho seria unificar as duas categorias; James Bond já convenceu muita gente a nunca dizer nunca e o próprio Bernie Ecclestone sempre diz que “everything is possible”; Até coloco algumas fichas na vitória de Alonso, mas juntar Indy com F-1 seria como colocar catchup e mostarda em uma pizza do Camelo ou da Cantina Speranza. Por tudo isso, considero que Alonso já venceu em Indy.

O gaúcho Matheus Leist conquistou a pole position para a prova preliminar, que acontece sexta-feira (IMS)

Para quem gosta de corrida o fim de semana propõe uma agenda cheia: a manha de domingo tem a F-1 nas ruas do Principado de Mônaco e após o almoço será a vez de acompanhar as 500 Milhas de Indianapolis. Não bastasse isso na sexta-feira será interessante acompanhar o desempenho de Matheus Leist, que larga na pole position para a prova de F-Indy Light, categoria de acesso. O piloto gaúcho trocou o automobilismo europeu pelo norte-americano e seu desempenho vem crescendo a cada etapa.

Read Previous

Mercedes-Benz amplia portfólio de serviços para automóveis

Read Next

Harley-Davidson mostra fábrica de motores em Pilgrim Road