Reposição é área estratégica da empresa

Marcelo Horemans, diretor de reposição automotiva da Freudenberg-NOK e Corteco

Marcelo Horemans, diretor de reposição automotiva da Freudenberg-NOK e Corteco

Marcelo Horemans, diretor de reposição automotiva da Freudenberg-NOK e Corteco fala um pouco sobre a importância do mercado de reposição e dos mecânicos independentes

Oficina News: Conte um pouco sobre a história da Freudenberg-NOK no Brasil e no mundo…

Marcelo Horemans: A Freudenberg-NOK é uma joint venture formada pela união da alemã Freudenberg com a japonesa NOK que existe desde 1960. A companhia tua nos mais diversos segmentos, como o automotivo (OEM), reposição automotiva e indústria em geral, onde atende os setores de mineração, siderurgia, agricultura, construção civil, entre outros. A empresa está presente no Brasil desde 1973, onde possui uma unidade fabril em Diadema (SP) que emprega cerca de 500 pessoas e atende todas as montadoras e principais indústrias do país. Especializada no desenvolvimento, produção e fornecimento de retentores, o-rings, vedações hidráulicas e pneumáticas, a Freudenberg-NOK integra a Unidade de Negócios de Tecnologia em Controle de Vibração e Vedação do Grupo Freudenberg, que empregou cerca de 27 mil pessoas em 2013, quando registrou faturamento global acima de € 3,8 bilhões. A empresa tem uma tradição empresarial que remonta a mais de 165 anos de atuação do Grupo Freudenberg, que começou suas atividades na Alemanha como um pequeno curtume e entrou no segmento de vedação em 1929 com a invenção do Simmerrings. Desde então, pautada pela inovação, a empresa desenvolve soluções de alta tecnologia para atender as mais rígidas exigências das indústrias clientes em termos de vedação.

 

ON: O Grupo Freudenberg-NOK, que representa a marca Corteco, tem grande participação tanto em produtos originais para montadora quanto na reposição. Quais produtos são mais fortes na reposição?

Marcelo: O Grupo Freudenberg-NOK, que tem a marca Corteco como sua divisão de reposição automotiva, é líder do mercado de montadoras em âmbito global e também no Brasil. Nossa linha de retentores e selos de haste de válvulas tem muita força e reconhecimento no mercado de reposição, pois nossos itens de reposição possuem a mesma qualidade e alta tecnologia dos produtos que enviamos para as montadoras.

 

ON: Qual a diferença na produção da peça que vai para a montadora e da que vai para reposição?

Marcelo: Dentro da Freudenberg-NOK / Corteco, as peças entregues para a reposição têm mesma qualidade e alta tecnologia dos produtos entregues para as montadoras. Desta forma, cada vez que uma peça do portfólio da Corteco é instalada em um veículo, o reparador tem a garantia de utilizar um produto com as mesmas especificações do produto original.

 

ON: O senhor assumiu há pouco tempo a diretoria de reposição automotiva da Freudenberg-NOK / Corteco. No Brasil, quais seus planos a partir de agora para esse mercado?

Marcelo: Nossa principal tarefa é promover e crescimento da divisão de reposição e solidificar a força da Freudenberg-NOK como líder absoluto do mercado de vedações.

 

ON: Qual a importância do mercado de reposição para a empresa?

Marcelo: A divisão de reposição automotiva sempre foi uma área estratégica para a companhia. Prova disso é que, recentemente, a empresa reformulou as equipes de marketing e comercial, investindo no portfólio atual e em novas linhas de produto, além de programas de geração de demanda.

 

ON: Em sua opinião, o mecânico independente tem expressividade nesse mercado?

Marcelo: Sim. O mecânico independente tem uma forte influência neste mercado e cada vez mais ele faz questão de trabalhar com marcas que atestam a qualidade do seu trabalho junto aos seus clientes, pois ele é um elo importante entre o fabricante e o consumidor final. A escolha das marcas baseadas unicamente por preço tem diminuído, pois questões como garantia e desgaste da imagem têm pesado na sua escolha.

 

ON: A marca desenvolve ações para aproximação com esse público?

Marcelo: A Freudenberg-NOK / Corteco tem trabalhado fortemente no sentido de manter a maior proximidade possível com os mecânicos. A marca se coloca como um agente facilitador do trabalho diário deste profissional.

 

ON: Em sua opinião, qual a carência do mecânico brasileiro?

Marcelo: Apesar de ser um tema recorrente, a falta de informação ou a facilidade de se obtê-la ainda é um dos principais problemas enfrentados pelo reparador independente. Na Freudenberg-NOK / Corteco, temos nos concentrado em disponibilizar e compartilhar a maior quantidade possível de informações aos reparadores, pois uma das nossas principais prioridades é ser um facilitador do trabalho do Mecânico.

 

ON: Existe uma rede de oficinas autorizadas da marca Corteco aqui no Brasil?

Marcelo: A Freudenberg-NOK / Corteco atua no mercado por meio de uma grande rede de distribuidores, que entregam nossas peças para o varejo de autopeças que, por sua vez, atende os mecânicos e consumidores finais.

 

ON: Em relação às peças falsificadas, a empresa sofre com essa prática? Existe alguma campanha da empresa para alertar o mecânico a fugir dessa armadilha?

Marcelo: Como a Freudenberg-NOK / Corteco desenvolve e produz itens de vedação com tecnologia avançada, não temos encontrado problemas com este tipo de prática danosa em nossas linhas de produtos até o momento.

 

ON: Qual a previsão de lançamentos para o ano de 2015?

Marcelo: Estamos trabalhando para viabilizar novas linhas de produtos complementares aos já existentes e, em breve, divulgaremos quais serão estas novas linhas. Complementaremos o nosso portfólio de maneira significativa.

 

ON: Com a crise do mercado que atinge, principalmente, venda de veículos novos, atinge a reposição?

Marcelo: Seria natural esperar que, com a diminuição da venda de veículos novos, o mercado de reposição tivesse um aumento na demanda em função da necessidade de manutenção e reparo dos veículos seminovos/usados. Porém, isto não se concretizou de fato, pois uma parcela de proprietários de veículos tem postergado a manutenção preventiva, efetuado somente os reparos que impossibilitam o uso dos veículos, o que mostra que eles estão com receio de dispender capital neste momento.

 

ON: Quais os desafios da indústria para o mercado de reposição? A marca está preparada para enfrentá-los?

Marcelo: Atualmente, um dos grandes desafios do mercado de reposição é o de fomentar negócios para os clientes dos seus clientes; ou seja, não participar apenas no momento da venda para a distribuição, mas, também, viabilizar um bom volume de vendas do distribuidor para as autopeças, além de contribuir para que o aplicador possua subsídios técnicos para orientar melhor o consumidor final na escolha da marca do produto. Ao longo do tempo, a Freudenberg-NOK / Corteco tem se preparado para atender estas demandas de maneira rápida e efetiva.

Por Carol Vilanova 

 

 

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