Alterações de motor deixaram o modelo mais eficiente, ou seja, com melhor desempenho e mais economia, uma combinação certa para um compacto de sucesso
Texto: Carol Vilanova
Fotos: Edinho Paiva
O carro mais vendido do Brasil em 2016, com quase 154 mil emplacamentos, segundo a Fenabrave. O Chevrolet Onix chegou em 2013 com a difícil missão de substituir o Corsa, que havia feito sucesso por anos.
Com os resultados de 2015 e 2016, podemos dizer que foi uma missão bem-sucedida, mas muito porque a General Motors do Brasil tem tido uma posição bastante agressiva em relação aos preços do modelo, além de realizar inúmeros feirões de fábrica e promoções na rede de concessionárias.
Evidente que uma ampla gama de versões também ajuda, como no caso do Onix: duas opções de motorização, 1.0 e 1.4 e as transmissões manual e automática, além de diferentes acabamentos e opcionais.
A versão que testamos, Activ, tem mais um atributo: o visual aventureiro, do tipo cross, que é mais esportivo e tem, inclusive, a suspensão um “tiquinho” mais elevada.
Um carro compacto, com visual moderno, linhas dinâmicas e robustas. Na dianteira, os faróis têm máscara negra e filetes de LED, que caem muito bem com a grade que faz a identificação da marca.
Falando em robustez, os para-choques customizados trazem um aplique que se estende por toda lateral e contorna a parte inferior do veículo. Segundo a GM, foi pensado para dar proteção às peças metálicas da carroceria.
Mais do estilo radical: os elementos alusivos aos carros off-road, como rack de teto, as rodas com superfície usinada, de 15 polegadas e os pneus de uso misto.
O Chevrolet Onix Activ traz na sua bagagem a mecânica robusta da marca, que vem evoluindo a cada ano, com uma engenharia mais moderna e como eles gostam de dizer: eficiente.
Segundo a engenharia da GM, a mecânica do Onix como um todo contribui para a melhor eficiência energética, leia-se mais performance com menos combustível: motor, transmissão, suspensão, freio, aerodinâmica e o uso de materiais mais nobres para redução de peso.
Voltando à versão Activ, o modelo chega com o motor 1.4 na geração SPE/4 ECO, que é caracterizado pelo o que a engenharia da marca chama de powercell, ou seja, peças internas móveis, e novos acessórios.
O conjunto de pistões e bielas foi redesenhado e ficou mais leve. Além disso, o tipo de óleo lubrificante, o sistema de arrefecimento e de gerenciamento de cargas elétricas foram alterados. São 106 cavalos de potência quando abastecido com etanol.
Os vários recursos e tecnologias combinam muito bem com a transmissão de seis marchas, no nosso caso, a automática. É macio ao dirigir, com trocas suaves e precisas, sem solavancos. E vamos além, ficou bem mais econômico.
O modelo vem equipado com uma direção elétrica do tipo inteligente, muito agradável e funcional ao dirigir. Conta com um recurso que compensa a inclinação da via em longos percursos e reduz as trepidações geradas pelo desbalanceamento das rodas.
Os freios são de arrasto, que ajudam na economia de combustível, os dianteiros são ventilados e os traseiros a tambor. Com ABS, é claro.
Uma cabine agradável e espaçosa, conta com os recursos de conforto e entretenimento bem à mão. Também traz os detalhes da versão Activ personalizadas, como acabamento dos bancos e da porta.
Na tela central, o sistema multimídia MyLink traz o Android Auto e o Apple CarPlay, além do OnStar, um serviço de concierge automotivo, que é opcional para outras versões. Bacana, eleva a categoria do compacto, já que o mesmo sistema é oferecido em modelos mais luxuosos da marca.
Emparelhando com o smartphone, o sistema oferece muito mais, como serviço de diagnóstico, conferir a quilometragem total percorrida e a pressão dos pneus, etc.
Com preços que cercam os R$ 64 mil, com transmissão automática, o modelo vem nas cores Laranja Burning (metálica), Branco Summit, Prata Switchblade, Cinza Graphite, Vermelho Carmim e Preto Ouro Negro. A garantia é de três anos.
Ficha técnica:
| Motor | 1.4 SPE/4 |
| Número de cilindros | 4 em linha |
| Válvulas | 8 (SOHC) |
| Taxa de compressão | 12,4 |
| Injeção eletrônica de combustível | M.P.F.I. |
| Potência | Gasolina: 98 cv @ 6000 rpm / Etanol: 106 cv @ 6000 rpm |
| Torque | Gasolina: 13,0 kgfm @ 4800 rpm /Etanol: 13,9 kgfm @ 4800 rpm |
| Transmissão | Automática de 6 velocidades |
| Freios | Sistema Hidráulico com duplo circuito distribuído em diagonal
Dianteiros: A disco ventilado Traseiros: A tambor |
| Direção | Elétrica Progressiva |
| Suspensão | Dianteira: Independente tipo “McPherson”, barra estabilizadora ligada a haste tensora, molas helicoidais com carga lateral linear, amortecedor telescópico pressurizado estrutural
Traseira: Semi independente, com eixo torção, sem barra estabilizadora, mola helicoidal com constante elástica linear e Amortecedor telescópico pressurizado |
| Rodas | Activ – Alumínio 6J x 15, 4 furos |
| Pneus | Activ – 195/65 R15 |
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.
