Com motor turbinado de 163 cv, o compacto na versão mais esportiva tem estilo e muita ousadia, com conjunto mecânico moderno e tecnológico
Texto: Carol Vilanova
Fotos: Edinho Paiva
Diferente, retrô, compacto e atrevido. O Fiat 500 Abarth é digno de todo elogio, sem perder sua personalidade forte. Para a Fiat, essa é a versão mais apimentada do estiloso modelo, também chamado de “pocket rocket” (foguete de bolso), vindo do México para dar um toque de competição à gama da montadora aqui no Brasil.
O carrinho não é barato, mas é tão divertido que vale quando custa a partir de R$ 94.000,00 sem muita firula. Pra quem pode e gosta de modelos com mais performance, é uma ótima pedida. A mecânica é tradicional da divisão esportiva da marca, turbo-alimentado e com muita tecnologia avançada e os componentes importados.
Testamos esse modelo cheio de estilo, que começa dispensando o logo da Fiat, e usando logo a marca Abarth, na grade dianteira, no volante, nas rodas, no motor. Aliás, segundo os italianos, o 500 Abarth é um outro carro, que apenas tem como base o Fiat Cinquecento.
O design é retrô, apesar de ter tecnologia estampada por todo projeto e das linhas esportivas. O que chama atenção mesmo são os detalhes que remetem à marca do escorpião – signo do fundador Karl Abarth – espalhados pela carros. Os faróis estão mais modernos, assim como as lanternas traseiras.
Mais esportividade também no duplo escapamento cromado, nas rodas de liga leve de 16″ e nas faixas laterais a capa dos espelhos retrovisores, esses últimos opcionais.
Vamos ao que interessa: a “pimentice” do 500 Abarth vem do motor 1.4 Multiair 16 V Turbo, que segundo a Fiat chega a 100 km/h em apenas 6,4 s e na velocidade final de 214 km/h. É um kart que acomoda outros passageiros.
Na prática, é uma delícia dirigir o modelo, que é bem rápido ao retomar a velocidade e também na hora de acelerar de verdade. Também são 167cv de potência máxima e torque de 23 kgfm a partir de 2500 rpm até os 4000 giros.
Equipado com turbocompressor de até 1,24 bar de pressão máxima, consegue boa relação entre consumo de combustível, baixa emissão de poluentes e desempenho. A engenharia introduziu ainda o filtro de ar de alto fluxo e um sistema de escapamento especial, com um ronco típico.
Se apertar o botão “Sport”, o motor se enche com a pressão máxima do turbo, e a alusão às pistas ganha vida, já que o volante fica mais pesado e o pedal do acelerador mais rápido.
Para completar o powertrain esportivo, uma transmissão manual de cinco marchas, bem escalonada e rápida na troca de marchas. A direção tem assistência elétrica, que é muito eficaz. Por ser compacto é ágil, facílimo de manobrar e estacionar. Cabe em qualquer vaguinha.
Em relação ao 500 normal, o Abarth passou por revisões na suspensão também, adotando molas, amortecedores e barras estabilizadoras redimensionadas para maior estabilidade. Os discos de freios também foram aprimorados e receberam pinças vermelhas, maiores e com mais frenagem.
Além da ótima estabilidade, oferece muita segurança por meio de uma série de equipamentos eletrônicos, como sete air bags (dois frontais, dois Side Bags, dois Window Bags e Knee Bag), freios ABS com EBD (Electronic Brake-force Distribution), ESS (Emergency Stop Signal), ESC (Electronic Stability Control), TCS (Traction Control System) e TTC (Torque Transfer Control).
Para finalizar, uma passada rápida pelo interior do carro, que é pequenininho, mas super aconchegante, principalmente, para o motorista que gosta dirigir com estilo de pilotagem, com banco concha mais baixo e os acessórios bem à mão.
O painel tem cara dos anos 60, mas com muita tecnologia, e inclusive com cores chamativas e um medidor de pressão do turbo em destaque. O volante esportivo tema base achatada e assim como a alavanca curtinha do câmbio e painel revestidos em couro com costura vermelha.
De uma maneira geral, o 500 Abarth é uma verdadeira imersão ao universo das corridas, com muita diversão e um toque de luxo e requinte. Vale a pena conferir esse puro sangue italiano.
Ficha técnica
Motor | 1.4 Multiair 16 V Turbo |
Posição | Transversal, dianteiro |
Número de cilindros | 4 em linha |
Diâmetro x curso | 72 mm x 84 mm |
Cilindrada total | 1368 cm³ |
Taxa de compressão | 9,8:1 |
Potência máxima | 167 cv / 5.500 rpm |
Torque máximo | 23 Kgfm / 2.500-4000 rpm |
Número de válvulas por cilindro | 4 |
Eixo de comando de válvulas | Um no cabeçote com sistema MultiAir |
Ignição | Magneti Marelli, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção |
Combustível | Gasolina |
Injeção eletrônica | Magneti Marelli, multiponto, sequencial |
Câmbio | manual |
Número de marchas | 5 à frente e uma à ré |
Relações de transmissão | 1ª 3,909;
2ª 2,238; 3ª 1,520; 4ª 1,156; 5ª 0,872; Ré 3,909 |
Relação de transmissão do diferencial | 3,353 |
Tração | Dianteira com juntas homocinéticas |
Embreagem | Monodisco a seco com mola a disco e comando hidráulico |
Sistema de freios |
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Serviço | Hidráulico com comando a pedal e ABS |
Dianteiro | A disco ventilado (Ø de 284 mm) com pinça flutuante |
Traseiro | A disco sólido (Ø de 240 mm) com pinça flutuante, com acionamento mecânico de estacionamento |
Suspensão dianteira | MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores a geometria |
triangular e barra estabilizadora | |
Amortecedores | Hidráulicos pressurizados a gás, telescópicos, fixação elástica na carroceria |
Elemento elástico | Mola Helicoidal |
Suspensão traseira
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Com rodas semi-independentes, eixo de torção, com barra estabilizadora |
Amortecedores | Hidráulicos pressurizados a gás, telescópicos, fixação elástica na carroceria |
Elemento elástico | Mola Helicoidal |
Direção | Elétrica com pinhão e cremalheira |
Diâmetro mínimo de curva | 11,4 m |
Rodas | Aro 6.5X16, em liga leve |
Pneus | 195/45 R16 |
Carol Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.