VW Voyage 1.0 combina excelência do motor com espaço de sedã

Modelo traz motor tecnológico e econômico, fácil de ser reparado pelos mecânicos já familiares com a gama Volkswagen

Texto: Carol Vilanova

Fotos: Edinho Paiva

Ele está completando 35 anos de vida. Já teve seus altos e baixos, mas na nova geração,  o Volkswagen Voyage definitivamente está em alta. Foram mais de 1 milhão de unidades comercializadas nesse período, sendo exportado para 61 países.

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Em relação à produção, parou e voltou duas vezes. De 1981 à 1989 e 1990 à 1996. E depois de uma longa pausa, ele voltou com força total em 2008, sendo um dos sedãs mais vendidos da atualidade.

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O que o Voyage tem de especial? Em primeiro lugar é derivado do Gol, o que o torna absolutamente bem visto tanto pelos motoristas quanto pelos mecânicos. Em segundo, tem Voyage para todos os gostos: muito equipado, pouco equipado, com motor 1.6, ou com 1.0 e o melhor, com espaço de sobra na parte interna. Em terceiro, é gostoso de dirigir, econômico e fácil de manter. E acima de tudo isso, sua mecânica é simples e conhecida nas oficinas.

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Mas o modelo em questão ficou mais bonito na última reformulação da marca e ganhou um belíssimo trunfo: o propulsor 1.0l de três cilindros, que se destaca não só pela economia, mas também pela performance. Sempre que se pensa em carro sedã, logo a descarta o motor 1.0l.Fica pesado, não vale a pena. Mas não o Novo Voyage.

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O motor 1.0l a três cilindros TotalFlex, que equipa o Voyage, faz parte da família EA211, é compacto, moderno e proporciona melhoria da eficiência energética de até 11%, em relação ao modelo anterior. Mais uma coisa boa: tem nota A (selo verde) no Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO.

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Os números do propulsor são impressionantes: potência máxima de 75 cv a 6.250 rpm, quando abastecido com gasolina, e de 82 cv à mesma rotação, com etanol. O torque máximo é de, respectivamente, 9,7 kgfm (gasolina) e 10,4 kgfm (etanol), distribuídos na faixa de 3.000 rpm a 3.800 rpm.

Vale comentar que 85% do torque está disponível  a partir das 2.000 rotações. Essa característica confere ao Voyage ótimo desempenho, velocidade final e excelentes retomadas. E o que mais chama atenção: a grande economia de combustível que proporciona.

Motor

A nova família EA211 tem tecnologias que são empregadas para otimizar a eficiência energética, leia-se, melhorar o desempenho e reduzir o consumo de combustível. O bloco do 1.0l é construído com alumínio, com três cilindros, o que faz dele mais compacto e leve.

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Segundo a engenharia da marca, além de contar com menos componentes internos, eles são menores e tem menos perda de calor. A árvore de manivelas (virabrequim) também tem menos contrapesos e mancais de diâmetro reduzido. A combustão é otimizada pelos cilindros de maior diâmetro e as velas instaladas em posição central, entre as válvulas de admissão e escape, com uma bobina por cilindro.

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O cabeçote também é em alumínio e tem o coletor integrado. São quatro válvulas por cilindro e comando de admissão variável. As válvulas são acionadas por balancins roletados (RSH, sigla para o termo alemão Rollenschlepphebel), recurso que minimiza o atrito entre os componentes e aprimora sua eficiência.

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As polias que acionam o comando de válvulas têm formato trioval, para melhor estabilização da força na correia dentada e de sua flutuação angular, além de diminuir o atrito e ao mesmo tempo aumentar a durabilidade.

O coletor de admissão é feito de material polimérico de alta resistência e baixa rugosidade, utiliza corpo de borboleta e acelerador é eletrônico. Adota um circuito duplo de arrefecimento, que permite temperaturas diferentes para o bloco e para o cabeçote, com o uso de duas válvulas termostáticas.

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Outro detalhe interessante do motor 1.0 é o sistema de partida a frio que dispensa o uso do tanquinho de gasolina. O combustível é aquecido em câmaras ao lado das válvulas injetoras e opera com temperatura ambiente abaixo de 17,5°C.

Para combinar com esse propulsor de baixo consumo de combustível, vem uma transmissão manual de cinco marchas com relações mais alongadas, o que enfatiza o conceito econômico do veículo.

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Em relação à equipamentos de segurança, a Volkswagen aplicou uma nova arquitetura eletrônica no modelo, que traz série airbags frontais e freios ABS (Antilock Brake System, ou Sistema Antitravamento dos freios) com EBD (Electronic Braking Distribution, ou Distribuição Eletrônica de Frenagem). Conta também com o sistema ESS (Emergency Stop Signal ou Sinal de Frenagem de Emergência) como equipamento de série.

Por dentro, também ganhou seus mimos, um novo painel com materiais de melhor qualidade e mais agradáveis ao toque, maiores instrumentos, e um novo desenho das saídas de ar. Destaque para I-System, com informações do rádio, status do telefone e computador de bordo integrados no painel de instrumentos.

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O sistema multimídia é opcional, conta com om tela sensível ao toque, navegação por GPS, integração com aplicativos e espelhamento da tela de celular. Porém, a versão mais simples do sistema, também pode ser usada com Bluetooth, o que facilita a vida do motorista.

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Ótima relação custo benefício, com manutenções baratas para a categoria de sedãs, o Voyage 1.0 pode ser adquirido nas versões Trendline e Comfortline, com preços a partir de R$ 40 mil.

Ficha técnica

Motor EA 211 1.0
Cilindrada 999 cm³
Cilindros / válvulas 3 cilindros/ 4 válvulas cada
Diâmetro x curso 74,5 mm x 76,4 mm
Taxa de compressão 11,5:1
Potência máxima 75cv (G) / 82cv (E) a 6.250 rpm
Torque máximo 9,75kgfm (G) / 10,4kgfm (E) – 3.000 – 3.800 rpm
   
Direção Hidráulica
Freios dianteiros Disco ventilado
Freios traseiros Tambor
Transmissão Manual de 5 velocidades
Rodas 5Jx14 / 5Jx14 / 6Jx15
Pneus 175/70 R14 / 185/65 R14 / 195/55 R15

 

 

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