A indústria automotiva brasileira deu mais um passo no processo de eletrificação com o início da produção do Chevrolet Spark EUV no país. A fabricação do modelo começou na Planta Automotiva do Ceará (PACE), localizada em Horizonte (CE), em cerimônia que reuniu autoridades do governo federal, lideranças estaduais e executivos da General Motors e da COMEXPORT, empresa parceira responsável pela operação industrial.
O evento contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Vice-Presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além do governador do Ceará, Elmano de Freitas. Também participaram representantes do Congresso Nacional, ministros, executivos da GM América do Sul, dirigentes da PACE e colaboradores envolvidos no projeto. A cerimônia marcou oficialmente o início da produção local de um veículo elétrico da Chevrolet fora do eixo tradicional das montadoras no Brasil.

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Durante o encontro, foi confirmado que o Chevrolet Captiva EV também será produzido na unidade cearense a partir de 2026. A decisão amplia o portfólio de veículos elétricos da marca no mercado brasileiro e posiciona a PACE como um polo automotivo voltado a tecnologias avançadas, com atuação multimarcas. Com isso, o Ceará passa a ocupar um papel relevante na nova etapa de transformação tecnológica da indústria automotiva nacional.
O anúncio ocorre em um ano simbólico para a General Motors, que completa 100 anos de operações no Brasil. Ao longo desse período, a empresa consolidou uma estrutura industrial ampla, com centros de engenharia, desenvolvimento de produtos e uma cadeia de fornecedores estabelecida. A parceria com a PACE foi estruturada para atender ao estágio atual da eletrificação no país, permitindo volumes iniciais de produção com flexibilidade operacional e eficiência econômica.
De acordo com as empresas envolvidas, o modelo de produção adotado no Ceará oferece condições para que a GM acompanhe a evolução do mercado de veículos elétricos no Brasil de forma gradual. A estratégia busca equilibrar investimentos, adaptação tecnológica e desenvolvimento de competências locais, sem comprometer a competitividade industrial. A operação também mantém margem para expansão futura, conforme a demanda por veículos elétricos avance.

A implantação da produção do Spark EUV e, futuramente, do Captiva EV, tem impacto direto na economia regional. A iniciativa contribui para a geração de empregos, estimula a qualificação da mão de obra e fortalece o ecossistema industrial do estado. Além disso, favorece a internalização de conhecimentos ligados à eletrificação, área considerada estratégica para o futuro do setor automotivo brasileiro.
Para a COMEXPORT, controladora da PACE, o projeto confirma a capacidade da planta em receber programas industriais alinhados às novas exigências tecnológicas. Segundo a empresa, a unidade foi preparada para operar com elevados padrões de eficiência, controle de qualidade e flexibilidade produtiva, características consideradas essenciais para a introdução de veículos elétricos no mercado nacional.
A General Motors avalia que a produção local dos modelos elétricos está alinhada a uma visão de longo prazo para a indústria automotiva no Brasil. A companhia destaca que o país reúne condições industriais, escala produtiva e recursos humanos qualificados para avançar na eletrificação, desde que o processo respeite o ritmo de maturação do mercado e da infraestrutura. Nesse contexto, a operação na PACE é vista como uma etapa preparatória para a ampliação da cadeia produtiva ligada à mobilidade elétrica.
A futura produção do Chevrolet Captiva EV representa a continuidade do movimento iniciado com o Spark EUV. Inserido no segmento de SUVs elétricos, o modelo deverá ampliar a presença da Chevrolet em uma categoria que vem ganhando espaço no mercado brasileiro. A fabricação local tende a facilitar a oferta do produto, apoiar a difusão de tecnologias elétricas e criar condições para novos projetos industriais voltados à eletrificação.
Com a confirmação dos dois modelos, a PACE se consolida como uma base relevante para a industrialização de veículos elétricos no Brasil. A iniciativa sinaliza uma mudança no mapa industrial do setor automotivo, ao integrar novas regiões ao processo de inovação tecnológica e ampliar o protagonismo do Nordeste na transição energética da mobilidade.



