Citroën Aircross com motor 1.6 Flex Start só perde na economia

Alto e de aparência intrigante, com câmbio automático o modelo não tem grande economia de combustível, mas o propulsor ajuda no desempenho e na tecnologia

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Quem gosta dos carros modelo do tipo utilitário, para andar na cidade exibindo esportividade e estilo, encontra no Aircross, da Citroën, um destaque cheio de graça. Com seu visual quadradinho, o modelo tem lá sua beleza e é alto o suficiente para enfrentar uma trilha de leve. Equipado com motor 1.6 l 16V Flex, chamado internamente de EC5, um dos mais modernos da PSA, dispensa o tanquinho de gasolina da partida a frio, e foi testado na versão com câmbio automático sequencial de seis marchas. O comando de válvulas é eletronicamente variável.

Motor EC5 1.6 16 V com comando variável e 122 cv
Motor EC5 1.6 16 V com comando variável e 122 cv

No quesito potência divulgada pela marca, o Aircross comparece, entregando 122 cavalos com uso do etanol e 115 cv abastecido exclusivamente com gasolina. Já em relação ao torque, o modelo alcança 16,4 kgfm a 4000 rpm, abastecido com etanol; e 15,5 kgfm a 4000 rpm, quando está rodando com gasolina. Na prática, anda bem, apesar de que o câmbio automático, apesar do conforto, não ajuda nem no desempenho e muito menos no combustível, foi claro o alto consumo, até mesmo em estrada e com uso do álcool.

Comando de válvulas é eletronicamente variável
Comando de válvulas é eletronicamente variável

Mas em termos de tecnologia, o propulsor EC5 da PSA dá um show. Tendo como base o velho conhecido TU5JP4, também 1.6 16V, ganhou lá suas modificações na construção e nos componentes internos, tudo para ficar mais leve e ter o atrito reduzido. Segundo a marca, no acabamento interno do bloco, a rugosidade foi diminuída para evitar o atrito e girar mais livremente, promovendo como consequência menor consumo de combustível.

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O coletor de admissão e tampa do motor são de plástico e foram redimensionados para ter uma otimação da respiração do motor, sempre mais leves. A ideia da marca era que o fluxo fosse recalculado para ganhar em performance. Além do mais, a rugosidade menor é responsável por reduzir a perda de carga e ter aproveitar melhor a respiração do ar para o motor. Sua taxa de compressão é de 12,5:1, para otimizar a nossa mistura entre gasolina e etanol.

Coletor de plástico, mais leve e com menos rugosidade
Coletor de plástico, mais leve e com menos rugosidade

Os componentes internos são grandes responsáveis pelas novidades do motor, Os pistões são construídos em alumínio, com massa diferente e com reformulações na altura de saia e o desenho do topo. A saia possui camada de redução de atrito do tipo grafitado e o topo do pistão, uma camada dura de anodização, um tratamento que garante o trabalho em altas temperaturas e pressão suportando as solicitações térmicas e mecânicas. Já as bielas são do tipo forjadas e fraturadas, com redução de peso de 150 g.

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Pistões construídos em alumínio, com massa diferente e reformulações na altura de saia e o desenho do topo.

Mais redução aconteceram na altura dos anéis de pistão, ou seja, quanto menor a área de contato menor atrito. Os valores das alturas são de 1,0 mm do anel de compressão, 1,0mm do anel raspador e 1,5 mm do anel de óleo que proporcionam melhor eficiência, de acordo com a marca.

Outro detalhe importante é o formato em oval da polia do virabrequim tem formato oval, fazendo com que elimine as vibrações da correia dentada e otimize o conforto em relação à vibração total do motor. Com esse componente também se conseguiu aliviar ruídos e impactos nos tensionadores e no motor. A bomba de óleo é do tipo variável, ou seja, ela ajusta automaticamente o fluxo de óleo enviado de acordo com a rotação e a carga do motor.

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Bomba de óleo variável ajusta o fluxo de óleo de acordo com a rotação e a carga do motor

A injeção eletrônica é a Flex Start, desenvolvida em parceria com a Bosch, que elimina o reservatório de gasolina situado no compartimento do motor para realizar a partida a frio. Acionado eletronicamente para controlar toda operação e o aquecimento do etanol para o momento da partida, o sistema conta a comodidade do Wake up, que inicia o pré-aquecimento do etanol quando a porta do motorista é aberta. Se o motorista tentar ligar o motor antes do completo aquecimento do etanol, uma luz acesa no painel indicará que o processo ainda está em andamento, e a partida só será permitida depois que a luz apagar. Com isso, há uma redução de até 40% nas emissões de poluentes, já que não há a necessidade da gasolina para a partida do motor.

A versão em teste era equipada com câmbio automático de seis velocidades a frente e uma a ré, sempre com as mudanças de forma sequencial como opcional. Assim, fica bastante confortável, já que as trocas são sutis para quem está dirigindo e para os ocupantes.

Com bastante espaço interno, o Aircross 2015 também oferece conforto e praticidade ao fazer manobras, graças ao sistema de suspensão que compõe as suas versões. Na frente, a suspensão é independente, tipo Pseudo McPherson, com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores pressurizados. Na traseira, o conjunto é formado por uma travessa deformável, com molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora.

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A partir deste conjunto, que também vem com direção hidráulica bem calibrada, o modelo oferece bom desempenho e estabilidade ao motorista, mesmo com a sua altura elevada (são 23 cm de altura na dianteira e 24 cm na traseira).

Com relação aos destaques de tecnologia, damos ênfase à aplicação do DOT (detector de obstáculos traseiro) de série, que deixa o veículo mais completo. As demais características do Aircross 2015 não sofreram alterações, mas é válido destacar que o veículo vem equipado com itens de segurança, como dois airbags frontais e cintos de segurança traseiros de três pontos, por exemplo, além dos freios ABS que funcionam com o sistema REF, que distribui de forma eletrônica a força da frenagem.

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Já sobre o visual, a novidade do Aircross 2015 vai para a utilização de faróis com máscara negra e acabamento na cor grafite nas barras do teto, molduras dos faróis de milha e estribos. Nas versões Exclusive, as maçanetas das portas e os espelhos retrovisores externos também recebem a nova cor. Na gama 2015, o Aircross chega às concessionárias também na cor Blanc Nacré (branco perolizado).

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