Driv mostra diferenças entres suspensão eletrônica e convencional

Driv mostra diferenças entres suspensão eletrônica e convencional

Com a eletrônica embarcada cada vez mais presente nos veículos, a Driv mostra diferenças entres suspensão eletrônica e convencional. As suspensões inteligentes começam a ocupar espaço não só nos modelos de luxo, mas também em SUV’s e elétricos populares. A evolução técnica é inegável: sensores, atuadores e módulos de controle ajustam o comportamento da suspensão em tempo real, oferecendo mais estabilidade, conforto e segurança. Mas será que ela já superou a tradicional suspensão mecânica em robustez e custo-benefício?

Segundo Juliano Caretta, supervisor técnico da Monroe, marca da DRiV e referência global em amortecedores, ainda há muito desconhecimento nas oficinas e entre os motoristas sobre o que, de fato, muda com a eletrônica na suspensão. Para esclarecer o assunto, ele separou mitos e verdades sobre os dois sistemas — com foco na prática da manutenção e no impacto para o mecânico.

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Embora tenha se tornado mais comum nos últimos anos, o uso de componentes eletrônicos em sistemas de suspensão em automóveis de rua já ocorre há quase três décadas. Disponível em superesportivos e modelos premium, esses dispositivos vem ganhando espaço gradativamente entre os lançamentos de diversas montadoras ao redor do mundo, tornando-se cada vez mais populares. Com isso, muito se fala sobre a adoção da suspensão eletrônica como padrão para os futuros lançamentos da indústria automotiva. Mas será que os dias dos amortecedores e conjuntos de suspensão convencionais estão contados?

Juliano Caretta, supervisor técnico da DRiV, entende que há espaço para ambas as tecnologias: “Em aplicações de alta performance, a adoção de conjuntos inteligentes contribui para uma maior precisão na condução. Em outros casos, um sistema mecânico consegue atender plenamente às condições de uso mais severas, entregando altos níveis de segurança, dirigibilidade e conforto”. Para esclarecer esses pontos, ele levanta algumas questões polêmicas e as desmistifica.

Suspensões tradicionais são mais confiáveis porque têm menos eletrônica

Mito – A confiabilidade da suspensão eletrônica está associada ao uso de sensores e módulos avançados, capazes de detectar falhas com antecedência e se adaptar ao terreno. Elas reduzem esforços excessivos e oferecem, em algumas condições, durabilidade comparável à das suspensões tradicionais.

Suspensões eletrônicas sempre custam mais caro na manutenção

Verdade – Por serem ainda uma tecnologia relativamente recente e menos comum, componentes de suspensão eletrônico têm um custo superior ao de sistemas convencionais. Além disso, exigem mão-de-obra altamente especializada, disponível em poucos estabelecimentos. No entanto, proporcionam economia ao longo do tempo, com menor desgaste de componentes, melhor conservação dos pneus e diagnósticos mais precisos — o que reduz intervenções corretivas frequentes.

Só carros esportivos ou de luxo usam suspensão eletrônica

Verdade – Embora a tecnologia venha se democratizando, com o aumento de modelos equipados com suspensão ativa, essa opção continua disponível apenas para as versões mais exclusivas das marcas, inclusive em categorias mais populares, como SUV’s. Entretanto, o número de montadoras que já adotam suspensões eletrônicas, por seus ganhos em eficiência energética, conforto e segurança, cresce continuamente, o que abre a possibilidade para que a tecnologia se popularize em veículos de menor valor, no futuro.

Suspensão inteligente é só para conforto

Mito – Embora o conforto seja um dos benefícios mais percebidos, a suspensão inteligente vai muito além. Ela melhora o desempenho dinâmico do veículo, aumenta a segurança em curvas e frenagens e reduz o desgaste de pneus e componentes estruturais. Em veículos elétricos, também contribui para uma gestão mais eficiente do peso da bateria e da estabilidade geral.

Suspensão tradicional oferece mais controle do motorista

Mito – A suspensão tradicional não possibilita a intervenção por parte do motorista. Ela utiliza amortecedores com carga fixa, sem a possibilidade de ajustes durante seu uso.  Já as suspensões eletrônicas permitem a configuração de diversos parâmetros de funcionamento. O condutor pode ajustar com precisão sua operação, de acordo com o tipo de condução e contar com o suporte do sistema em tempo real, que se encarrega de corrigir erros de condução, antes mesmo que ele os perceba.

Suspensão convencional é mais robusta e confiável para aplicações severas

Verdade – Sistemas mecânicos ainda são a melhor opção para uso em estradas esburacadas, poeira e lama. Ideal para regiões rurais e veículos de trabalho. Além disso, problemas em componentes mecânicos são mais visíveis e fáceis de identificar sem a necessidade de scanners, sensores ou eletrônicos embarcados.

Suspensão mecânica continua ideal para uso em todos os tipos de veículos

Verdade – A grande maioria dos veículos continua a ser equipados com sistemas de suspensão mecânica, incluindo os novos modelos elétricos. O avanço das tecnologias utilizadas nesses componentes garante que continuem como o padrão da indústria por muito tempo, ainda. Isso assegura a manutenção da oferta dos serviços oferecidos nas milhares de oficinas disponíveis, preparadas para lidar com suspensões mecânicas, reduzindo tempo de inatividade e custos de serviço.

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