Nome mais poderoso da indústria fala português

Nome mais poderoso da indústria fala português

Na Coluna Fernando Calmon nº 1.203, o tema é: Nome mais poderoso da indústria fala português. Você pode pensar que o homem mais rico do mundo, o sul-africano-canadense naturalizado americano Elon Musk, dono da fábrica de elétricos Tesla, da companhia aeroespacial SpaceX e pronto para comprar a rede social Twitter, entre outras atividades como a empresa de inteligência artificial Neuralink e a de transporte Hyperloop, pudesse aparecer facilmente em primeiro lugar em uma lista de 100 mais poderosos nomes da indústria automobilística mundial.

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Entretanto, os editores da Autocar Business, braço informativo de negócios empresariais da revista inglesa Autocar, a mais antiga publicação focada em veículos do mundo (circula desde 1895), chegaram a um resultado diferente. Eles cruzaram avaliações de todos os tipos, incluíram executivos de marcas chinesas e de dezenas de fabricantes de autopeças e fornecedores dos essenciais chips semicondutores.

O resultado apontou o português Carlos Tavares, da Stellantis, como o executivo mais importante entre os 10 primeiros. Em segundo lugar, empatados, Akio Toyoda (Toyota) e Elon Musk; em quarto, Euisun Chung (Hyundai); em quinto, Herbert Diess (VW); em sexto, Jim Farley (Ford); em sétimo, Oliver Zipse (BMW); em oitavo, Ola Kallenius (Mercedes-Benz); em nono, Mary Barra (GM); em décimo, Li Shufu (Geely, holding chinesa dona entre outras da Volvo, Lotus, Proton e de 10% da Mercedes-Benz).

Stellantis é composta por 14 marcas de veículos:

Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, RAM e Vauxhall.

Peugeot 208 e motor Fiat: sinergia certa

A marca francesa estava fora do mercado de modelos compactos com motor de 1 litro há 16 anos. Quando a PSA inaugurou sua fábrica no Brasil em 2001, 70% das vendas de automóveis novos tinham essa cilindrada por um motivo simples: IPI de 7%, contra 11% (etanol ou flex) e 13% (gasolina) para motores entre 1 e 2 litros. Decidiu então comprar motores Renault de 1 litro por um período que terminou em 2005, embora também oferecesse seus próprios motores de 1,6 e 1,4 litro. Veículos de 1 litro (incluídas as versões turbo) ainda hoje representam 44% de todas as vendas no mercado brasileiro (ano 2021; em 2020, 48%).

Stellantis, resultado da fusão PSA e FCA no final de 2019 e consolidada em janeiro de 2021, trouxe sinergias inquestionáveis e bem-sucedidas. Já era esperado que no Brasil motores e câmbios da Fiat estivessem em produtos tanto da Peugeot (208) quanto da Citroën (novo C3 que chega este mês). O primeiro resultado concreto vem de duas novas versões do argentino 208 (Like e Style), agora com o motor de três cilindros Firefly de 1 litro e câmbio manual de cinco marchas, ambos de origem e produção Fiat, que hoje estão no Argo.

Não existem diferenças em termos de potência e torque entre os modelos da Fiat e da Peugeot: 75 cv (E)/71 cv (G) e 10,7 kgf.m (E)/10 kgf.m (G). Mas exigiu reformulações nos itens periféricos do motor e semiárvores de transmissão. O 208 é um pouco mais pesado (apenas 25 kg) que o italiano. Em desempenho, portanto, o Argo talvez tenha uma vantagem só perceptível no cronômetro. Porém o 208 é mais bonito e sua posição de guiar se destaca com o quadro de instrumentos acima do volante de diâmetro reduzido, solução exclusiva da Peugeot.

A fábrica francesa oferece preços promocionais agora no lançamento bem competitivos: R$ 72.990 (Like) e R$ 79.990 (Style). A segunda inclui até teto solar panorâmico, defletor traseiro, além de multimídia de 10,3 pol., carregador de celular por indução protegido por tampa, câmera traseira com sensores de estacionamento e quatro airbags. Com certeza haverá uma atualização de valores em breve.

Audi Q3 Sportback: SUV cupê que faltava

Perfil elegante, desenho mais refinado de para-choque e grade, banco traseiro corrediço com sete posições de ajuste do encosto, duas versões de acabamento, porta-malas de 530 litros (o maior entre os SUVs médios-compactos) e tração 4×4. O Q3 Sportback começará a ser produzido no regime SKD (semidesmontado), na fábrica de São José dos Pinhais (PR), ao lado do SUV tradicional Q3 também com a tração quatro, a partir de agosto próximo. Antes o Q3 nacional só oferecia tração dianteira. A diferença de comprimento entre os dois é de apenas 1,6 cm.

Interior foi reformulado. Há integração apenas por fio de Android Auto e Apple CarPlay com a tela multimídia de 8,8 pol. Oferece quatro portas USB 3 (duas na frente e duas atrás). Motor 2.0 TFSI de 231 cv e 34,7 kgf.m assegura grande agilidade em trânsito urbano e rodoviário. Acelera de 0 a 100 km/h em 7 s. Mesmo com altura de rodagem mais elevada (1,85 cm na frente e 1,35 cm atrás na especificação Brasil) demonstra comportamento dinâmico sem sustos em todos os tipos de curvas. Câmbio automático Tiptronic trabalha de forma precisa e tão rápida que são quase imperceptíveis as oito trocas de marcha. A Audi espera que as versões Sportback respondam por mais de 40% das vendas entre os Q3. Preços vão de R$ 315.990 a R$ 339.990.

Fernando Calmon é jornalista especializado e colunista do Portal Oficina News
Fernando Calmon é jornalista especializado e colunista do Portal Oficina News. Acesse: www.fernandocalmon.com.br

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