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Cuidados para não pagar juros abusivos na compra de seu seminovo. Tome os cuidados necessários para não gastar mais do que seria necessário
A compra de carros usados em SP é uma transação repleta de peculiaridades. Certamente que toda compra de veículos, sejam eles novo, usados ou seminovos, é algo relativamente complexo e demanda cautela, afinal, é uma aquisição de alto valor. Ademais, com o retorno do IPI em cima dos novos e agora que a fase de pagamento do IPVA passou, muitas pessoas tem preferido comprar carros usados.
Conforme dito acima, a compra de carros usados demanda cuidados específicos. Existe a questão da documentação, as condições dos veículos, além da questão dos financiamentos e os valores reais que precisam ser pagos. Aliás, com o fim da isenção de IPIs para veículos novos, as instituições financeiras direcionam-se para o mercado de carros usados. No entanto, é necessário cuidado.
Leia adiante informações sobre o mercado de carros usados, como não pagar juros abusivos na compra do seminovo e como pedir a ação revisional de financiamento.
O mercado de carros usados
Aqueles que foram comprar um carro usado, sobretudo se for um semi-novo, poderá notar que as lojas oferecerão todas as facilidades possíveis e imagináveis para que o comprador em potencial efetivamente financiar o veículo.
O motivo por trás disso é bastante simples: vendendo o carro à vista ou então a prazo, a loja irá receber o valor à vista do mesmo jeito. O maior benefício de fazer um financiamento é que a loja que efetuou a venda ganhará uma comissão da instituição financiadora, cujo propósito é, obviamente, realizar financiamentos.
Obviamente, para aquele que pertence comprar um veículo, o financiamento é sempre uma enorme tentação. Ele pode continuar sem a necessidade obrigatória de ter dinheiro em mãos, pode pegar os recursos que tem para pagar apenas uma parte do carro (na forma de entrada) e financiando o restante do valor.
A problemática dos juros
A parte mais complicada de um carro usado ou seminovo é, sem sombra de dúvida, a que envolve dinheiro, ou seja, a financeira. Obviamente que no financiamento se cobram juros, além de outras taxas. Sendo assim, há uma distância considerável entre o valor à vista e o total parcelado, diferença gigantesca essa provocada pelos juros elevados.
Quanto maior for o prazo para pagamento, maior será essa diferença, dado que a taxa de juros é mensal e esses juros se acumulam no decorrer do tempo. Geralmente, um financiamento no prazo de 36 meses o que se paga é o dobro do valor à vista ou até mais do que isso.
É triste constatar que é bastante comum, infelizmente, a cobrança de juros abusivos nesses financiamentos que, a prior, parecem serem muito vantajosos. A implementação de juros sobre juros pode resultar em um valor final absurdamente maior do que se gostaria, chegando a até mesmo ser o dobro do preço original, conforme comentado acima.
Isso sem falar também na cobrança abusiva de diferentes taxas e que, normalmente, estão embutidas no financiamento. Inclui-se aí taxas como taxa de abertura de crédito, operações de terceiros, comissão de permanência, entre várias outras.
Ou seja, quando o consumidor compra seu Fiat, por exemplo, ele acaba sendo iludido pela ideia das parcelas fixas, sem se dar conta de um intrincado sistema financeiro, que acaba pesando muito no seu bolso e impacta o seu orçamento.
Devido esse contexto financeiramente abusivo e extorsivo, o comprador pode acabar perdendo o controle e aí vem o atraso ou mesmo a inadimplência. A propósito, quando um consumidor atrasa a prestação do veículo, ele mais uma vez sofre financeiramente, pois chega a pagar até 15% a mais do que realmente deveria, por conta da cobrança equivocada dos juros de mora.
Assim sendo, nem sempre o consumidor dá conta de arcar com as parcelas, depois de um certo tempo de pagamento. As instituições financeiras pressionam e cobram o devedor e, em caso de persistência no não-pagamento, acabam conseguindo retomar o veículo após recorrer a um processo na Justiça. Dessa forma, o consumidor perde o seu carro e, frequentemente, tudo aquilo que ele já pagou.
Ação revisional de juros de financiamento: uma potencial solução
Apesar desse ser um cenário bem complicado e difícil, nem tudo está perdido. De fato, é possível solicitar uma ação revisional do contrato de financiamento, em um esforço para diminuir os juros abusivos e as taxas equivocadas.
Há diversas ações que debatem o quanto a cobrança de juros pode ser tremendamente abusiva. Felizmente, muitas dessas ações revisionais acabam sendo decididas em favor do consumidor que, com toda a certeza, é a parte do contrato mais frágil, de todos os pontos de vista.
Além disso, outra notícia que traz positividade é em relação a conduta incorporada pelos bancos nesses processos, que, na maior parte das vezes, buscam fazer acordo com o cliente, de maneira a encerrar o contrato por um valor bem mais reduzido do que as parcelas que foram combinadas inicialmente.
No que tange ao funcionamento de uma ação revisional, a primeira coisa a se fazer é estabelecer contato com uma demanda judicial. Nessa etapa, que ele pede a revisão do contrato e a solicitação de um juiz de valor a respeito de uma certa situação, a fim de que o contrato seja minuciosamente avaliado.
A partir deste contexto, o juiz de valor precisará efetuar a revisão do contrato para averiguar se de fato existe uma cobrança de uma taxa de juros abusiva em cima do valor do seu HB20, por exemplo.
Normalmente, no processo de análise, o juiz pode levar em consideração as situações como taxas de juros, juros de mora, capitalização mensal, correção monetária, inscrição de cadastro, multa moratória e comissão de permanência.
Muitas dessas taxas podem ser reduzidas, de acordo com o que o juiz determinar, devolvendo assim ao consumidor o controle sobre os pagamentos e, consequentemente, sobre sua vida financeira.
Agora você entende todos os cuidados que precisa tomar para não pagar juros abusivos na compra do seu seminovo e como reverter a situação caso acabe pagando juros em excesso. Curta e compartilhe esse post em suas redes sociais.
