Ex-diretor fala sobre o fim da produção da Ford em vídeo

Ex-diretor fala sobre o fim da produção da Ford

Canal do Programa Amigas Aceleradas traz entrevista em que ex-diretor fala sobre o fim da produção da Ford em vídeo. Em nova reestruturação, Ford encerra produção de EcoSport, Ka e Troller no Brasil. O anúncio foi feito em 11 de janeiro através da assessoria de imprensa da companhia. Serão descontinuadas as plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE) durante 2021. Vale lembrar que em 2019 a marca americana havia encerrado a produção de caminhões em São Bernardo do Campo (SP).

Segundo a empresa, à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas também persistiram, resultando em anos de perdas significativas.

Ford encerra produção de EcoSport, Ka e Troller no Brasil

O compacto Ford Ka, no mercado desde 1997 com diversas evoluções, deixa de ser vendido no Brasil

Sendo assim, modelos como EcoSport e Ka deixaram de ser vendidos aqui, para dar lugar apenas aos modelos importados, incluindo SUVs, picapes e veículos comerciais, provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados. Entre eles, estão confirmados a nova picape Ranger, o Bronco, o Mustang Mach 1 e a van Transit.

No Brasil, a empresa vai manter a sede administrativa da América do Sul, que fica em São Bernardo do Campo, o Centro de Desenvolvimento de Produto e o Campo de Provas.

A Ford mantém assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia para seus clientes no Brasil e na América do Sul. A empresa também manterá o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo.

Ford encerra produção de EcoSport, Ka e Troller no Brasil

Ford confirma que o SUV médio Territory continuará sendo importado

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro.”

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Ex-diretor fala sobre o fim da produção da Ford

A empresa irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção.

“Nosso dedicado time da América do Sul fez progressos significativos na transformação das nossas operações, incluindo a descontinuidade de produtos não lucrativos e a saída do segmento de caminhões”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes. Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo.”

A Ford está constantemente avaliando seus negócios em todo o mundo, incluindo a América do Sul, fazendo escolhas e alocando capital de forma a avançar em seu plano de atingir uma margem corporativa EBIT de 8% e gerando um forte e sustentável fluxo de caixa. O plano da Ford prevê o desenvolvimento e a oferta de veículos conectados de alto valor agregado e qualidade – cada vez mais eletrificados –, com serviços acessíveis a uma gama mais ampla de consumidores.

A empresa se move rapidamente, com o objetivo de:

  • Transformar seu negócio automotivo – competindo de maneira desafiadora, simplificando e modernizando todos os aspectos da empresa; e
  • Crescer alavancando os pontos fortes já existentes, desafiando o negócio automotivo convencional e realizando parcerias para expandir eficiência e conhecimento.

“Trabalharemos intensamente com os sindicatos, nossos funcionários e outros parceiros para desenvolver medidas que ajudem a enfrentar o difícil impacto desse anúncio”, continuou Watters. “Quero enfatizar que estamos comprometidos com a região para o longo prazo e continuaremos a oferecer aos nossos clientes ampla assistência e cobertura de vendas, serviços e garantia. Isso se tornará evidente ao trazermos para o mercado uma linha empolgante e robusta de SUVs, picapes e veículos comerciais conectados e eletrificados, de dentro e fora da região.”

Watters acrescentou que, além da confirmação da produção da nova geração da Ranger, da chegada do Bronco, do Mustang Mach 1 e da Transit, a Ford também planeja anunciar outros modelos totalmente novos, incluindo um veículo híbrido plug-in. “Isso se alia à expansão de serviços conectados e de novas tecnologias autônomas e de eletrificação nos mercados da América do Sul.”

A produção será encerrada imediatamente em Camaçari e Taubaté, mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte continuará operando até o quarto trimestre de 2021. Como resultado, a Ford encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas em outros mercados da América do Sul não serão impactadas.

A Ford continuará facilitando alternativas possíveis e razoáveis para partes interessadas adquirirem as instalações produtivas disponíveis.

Em decorrência desse anúncio, a Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.

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