FCA submete proposta para fusão 50/50 com o Groupe Renault

Coluna Alta Roda: Fiat prepara reviravolta

A Fiat Chrysler Automobiles N.V. – FCA submete proposta para fusão 50/50 com o Groupe Renault. Segundo a montadora, a proposta da Fiat vem na sequência de discussões operacionais iniciais entre as duas companhias para identificar produtos e regiões onde elas poderiam colaborar, particularmente na medida em que elas desenvolvem e comercializam novas tecnologias. Essas discussões deixaram claro que a colaboração mais ampla por meio de uma combinação melhoraria substancialmente a eficiência de capital e a velocidade do desenvolvimento de produto. A proposta de combinação é também fortalecida pela necessidade de tomar decisões ousadas para aproveitar em escala as oportunidades criadas pela transformação da indústria automotiva em áreas como conectividade, eletrificação e direção autônoma.

A combinação proposta criaria uma fabricante de automóveis global, proeminente em termos de faturamento, volumes, rentabilidade e tecnologia, beneficiando os respectivos acionistas e públicos de interesse. O negócio combinado teria vendas anuais de aproximadamente 8,7 milhões de veículos, seria uma líder mundial em tecnologias de veículos elétricos, marcas premium, SUVs, picapes e veículos comerciais leves, e teria uma presença global mais ampla e equilibrada do que cada uma das empresas separadamente.

Os benefícios da transação proposta não estão baseados no fechamento de plantas, sendo alcançados por meio de investimentos mais eficientes de capital em plataformas globais de veículos, arquiteturas, powertrain e tecnologias comuns. A FCA tem um histórico de combinar com sucesso fabricantes de veículos de culturas distintas para criar times de liderança fortes e organizações dedicadas a um propósito único. O Board da FCA, portanto, acredita firmemente que essa combinação, que teria a escala, expertise e recursos para navegar uma indústria automotiva que está mudando rapidamente, criaria novas oportunidades aos empregados das duas companhias e para outros públicos de interesse.

Sob os termos da proposta, acionistas de cada companhia receberiam uma porção equivalente de ações na futura companhia. A combinação seria mediante uma fusão sob uma companhia holandesa. O Board da entidade combinada seria composto inicialmente por 11 membros, sendo a maioria independente e com igual representação de quatro membros pela FCA e Groupe Renault, assim como um indicado pela Nissan. Ademais, não haveria acúmulo de direito existente a votos em dobro. Entretanto, todos os acionistas teriam a oportunidade de ganhar direitos de loyalty share (votos de lealdade) a partir da conclusão da transação sob um loyalty program (programa de lealdade de votos). A companhia-mãe seria listada na Borsa Italiana (Milão), Euronext (Paris) e Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

Os benefícios advindos da combinação dos dois negócios seriam divididos em 50% para os atuais acionistas da FCA e 50% para os atuais acionistas do Groupe Renault. Antes do fechamento da transação, de modo a mitigar a disparidade nos valores de mercado, acionistas da FCA receberiam ainda um dividendo de €2,5 bilhões (vide Apêndice). Adicionalmente, antes do fechamento, haveria uma distribuição das ações da Comau aos acionistas da FCA ou um dividendo incremental de €250 milhões caso o spin-off da Comau não ocorra.

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