Troca de velas do Volkswagen Voyage

Troca de velas do Volkswagen Voyage

Troca de velas do Volkswagen Voyage. Fizemos a substituição das velas e cabos do sedã da VW, mostrando as características e as dicas importantes para o procedimento correto

Texto e fotos: Carolina Vilanova

Colaboração técnica: NGK

A substituição de uma vela de ignição vai muito além de trocar uma por outra, técnico com conhecimento sabe que na revisão do item, deve se analisar a aplicação correta, suas características e especificações. Com a função de transformar a alta tensão da bobina em centelha elétrica, é a vela que vai iniciar a reação de queima do combustível, fazendo o motor funcionar, além de dissipar o calor acumulado em sua ponta para o cabeçote do motor.

Troca de velas do Volkswagen Voyage

Nessa reportagem, que fizemos com a precisa ajuda da NGK, realizamos a troca e os testes das velas do motor 1.6 8v MSI do Volkswagen Voyage. O carro é ano 2014/2015 e está com 14.038 km rodados. A vela especificada para o veículo é a BKR7ESB-D, ou seja, é uma vela resistiva, que possui um resistor interno capaz de filtrar as interferências por rádio frequência. A resistência especificada para este veículo varia de 1KΩ a 2 KΩ.

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A orientação indicada no manual do proprietário do veículo é trocar as velas a cada 30 mil km. Pequenas falhas de ignição não são perceptíveis para o usuário, mas numa análise visual da vela, pode-se verificar a condição de queima, assim como numa análise de gases

Troca de velas do Volkswagen Voyage

“Recomendamos sempre que uma vez por ano ou a cada 10 mil km, o motorista leve o carro para examinar o desgaste das velas, pois a vela é o único componente que está na câmera de combustão que e fácil remover e instalar”, diz Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK. Ele continua: “através de uma inspeção visual o mecânico consegue identificar alguns problemas do motor, como uso de combustível de má qualidade, que pode prejudicar o conjunto porque gera resíduos na ponta da vela, dificultando o centelhamento”.

Ele explica que um cuidado que o mecânico deve ter é sempre marcar a ordem de ignição do veículo, que nesse caso é 1-3-4-2, para evitar que os cabos sejam montados em ordem invertida, o que pode gerar falhas de ignição. Uma dica é trocar uma vela de cada vez. “Para os produtos da linha Volkswagen, a NGK desenvolveu uma ferramenta específica para a remoção dos cabos, sem causar danos. A ferramenta é sorteada em palestras, então fique atento para participar e ganhar uma. Ligando no 0800-197112 você pode saber quando é a palestra na sua região”, diz Hiromori.

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Ferramenta especial para remover o cabo da vela, fabricada pela NGK

 

 

 

 

 

 

É importante lembrar que esse tipo de vela sofre com os produtos falsificadas, e por conta do preço, a pessoa até compra, mas não dura nada. Hiromori alerta: “não compre peças quando o preço for muito abaixo do mercado, e sempre peça a nota fiscal, até porque, a vela da NGK tem garantia. Compre sempre em autopeças de confiança”.

 

Troca de velas do Volkswagen Voyage: Hora da troca

Para o procedimento de troca das velas, tivemos a ajuda de Rogério Nascimento, analista de assistência técnica da marca. Lembre-se de procurar pela aplicação correta e usar luvas ao realizar o reparo. Nunca puxe os cabos pelos fios ou utilize ferramentas inadequadas, pois pode danificar os cabos de ignição.

1) Remova os cabos do passa fio para facilitar a remoção das velas, porque se tentar puxar sem tirar da presilha, pode quebrar a presilha.

Troca de velas do Volkswagen Voyage

2) Encaixe a ferramenta especial, gire até travar e puxe com cuidado para tirar o cabo. Se você não tem a ferramenta da NGK, tome muito cuidado e não use o alicate que pode cortar o cabo.

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3) Com a chave de vela sextavada de 16 mm, retire a vela. Tire o aperto e retire a vela utilizando o tubo de borracha. Esse tubo também é da NGK, quem é consumidor da marca, pode ganhar essa ferramenta, para isso, ligue para o SAC a empresa.

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4) Remova a vela.

4) Remova a vela.

 

Testes

1) O primeiro teste que podemos fazer é a inspeção visual Para checar, principalmente, a condição de queima. É importante sempre examinar as quatro velas, pois o técnico pode identificar um problema específico em um determinado cilindro, como queima de óleo, infiltração de água na câmera de combustão, etc. Ou um problema que está afetando os quatro cilindros do motor, que pode indicar um problema de injeção até mesmo um problema relacionado ao combustível.

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2) Pode ser feita ainda a medição do desgaste da vela, utilizando a inspeção visual ou o calibrador e velas. O problema pode vir quando a folga, que nesse caso é de 0,8 mm a 0,9 mm, está acima do especificado ou quando os eletrodos estão arredondados.

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3) Com o multímetro, meça a resistência da vela, colocando os pontas do aparelho na vela, na escala de 20 kΩ. Alguns multímetros tem essa função automática de ajuste de escala, No nosso caso, o valor encontrado foi de 1,2 kΩ, ou seja, está dentro do especificado.

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4) Em seguida, vamos fazer o teste de isolação, que precisa de um megômetro. Conecte a vela aos cabos do equipamento. O valor tem que ser acima de 500 MΩ até infinito, nesse caso estava próximo de infinito, ou seja, está funcionamento perfeitamente.

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Obs.: Caso os valores fiquem abaixo de 500 MΩ, indica perda de isolação da vela, que pode ser ocasionado por resíduos, principalmente carbonização, encharcamento de combustível ou alguma trinca no isolador cerâmico.

Troca de velas do Volkswagen Voyage: Instalação:

1) A primeira dica é sempre consultar a tabela de aplicação para verificar se o produto está adequado ao veículo. A tabela está disponível no site, e a NGK envia a tabela caso o reparador necessite, pode pedir pelo SAC.

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2) Utilize o tubo de borracha, rosqueie a vela com a mão, para garantir o perfeito alinhamento entre a rosca da vela e do cabeçote.

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3) Rosqueie a vela até o final e na própria embalagem da vela NGK, ou na tabela de aplicação, verifique o torque especificado, que nesse caso é de 2,5 a 3,0 kgf.m. Use um torquímetro calibrado para realizar o aperto.

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4) Podemos também utilizar a técnica do torque angular, neste caso encostamos a vela até o final com a mão, e aplicamos 180º de aperto ou, meia volta.

Uma dica muito importante no exame visual, é quando identificamos o flash over, que é a passagem de alta tensão entre o pino terminal da vela e o castelo metálico, neste caso também devemos substituir os cabos de ignição simultaneamente. Pois uma vela danificada, prejudica o cabo novo e vice-versa.

Obs.: Outra dica valiosa é frisar que o aperto em excesso pode ocasionar o rompimento da rosca da vela na instalação.

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