
Crossover japonês traz design moderno e versátil, combinado com mecânica tecnologia de baixo custo de manutenção
Texto: Carol Vilanova
Fotos: Edinho Paiva
Como um legítimo crossover esportivo, o Nissan Kicks já chegou fazendo maratona, foram 20 mil quilômetros rodados por todas as regiões do país acompanhando a tocha olímpica, como o veículo embaixador dos Jogos Olímpicos, realizados no ano passado.
Assim o modelo foi apresentado para o brasileiro, ressaltando sua versatilidade e durabilidade. A Nissan ainda garante que outro ponto positivo é o baixo custo de manutenção e o preço das peças e reposição. Uma revisão na concessionária, por exemplo, deve ser feita a cada 10 mil km e custa em média de R$ 500,00.
O design do crossover da Nissan é bastante atraente, com linhas arrojadas, expressando com fidelidade a identidade DNA da marca. Os destaques são a grade “V-Motion” e o teto flutuante, que deixam o Kicks com um ar bem moderno. Seu projeto teve base na aerodinâmica e em soluções que reduzem o impacto, vibrações e ruídos, para equilibrar desempenho e baixo consumo.

Nota “A” em eficiência energética e emissão de gases do Programa de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, esse é outro destaque do modelo. Na prática não é tão econômico assim, mas é gostoso de dirigir.
O motor é um 1.6 16V flexfuel, que entrega 114 cv de potência e torque de 15,5 kgfm a 4.000 rpm. O conjunto conta com controle de abertura das válvulas continuamente variável (CVVTCS) e sistema Flex Start System (FSS) de partida a frio, aquele que dispensa o tanquinho de gasolina.
A engenharia da marca explica que o novo coletor permitiu a redução na altura total do motor, beneficiando a aerodinâmica por conta da linha de capô mais baixa.
Para combinar, a transmissão inteligente e continuamente variável XTRONIC CVT, com “D-Step” e modo Sport, que proporciona melhor performance mesmo em rotações mais baixas, além de baixo consumo e, consequentemente, menores emissões.
O câmbio é mais leve que os anteriores, produzindo menos atrito. Além disso, outros componentes foram reduzidos como o diâmetro das polias, da adoção de uma bomba de óleo mais compacta, que necessita de baixa viscosidade para lubrificação, e da redução das perdas de lubrificante e de pressão.
O eixo de suspensão traseiro (de torção) tem travessa de maior rigidez e nova estrutura de isolamento. A suspensão dianteira independente é do tipo McPherson com barra estabilizadora e conta com uma nova subestrutura, maior, mais robusta e 300% mais rígida se comparada a modelos menores. Os amortecedores de alta performance permitem o melhor controle da carroceria.
O Nissan Kicks conta direção elétrica e um raio de giro de 10,2 metros. Recursos tecnológicos não faltam no utilitário compacto, com a câmera 360º e o Detector de Objetos em Movimento (Moving Object Detection), além dos que priorizam a segurança, como o Controle Dinâmico de Chassi (Chassi Control), composto pelos Controle Dinâmico em Curvas (Active Trace Control), Estabilizador Ativo de Carroceria (Active Ride Control) e Controle Dinâmico de Freio Motor (Active Engine Brake), que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade.
Por dentro, o acabamento é bastante requintado e funcional. Posição alta para dirigir e muito conforto com os equipamentos à mão do motorista. O design do painel é simples, mas sofisticado, chamado de Gliding Wing (“asa planadora”), tem tela colorida de 7 polegadas bem no centro, que oferece uma série de sistemas de informação, entretenimento e conexão para smartphones.
Apesar do volante multifuncional, o que faltou no modelo foi o piloto automático, com tanta tecnologia, era um dispositivo que faz diferença no dia a dia das ruas e estradas cheias de radares.
De olho nos consumidores, O Kicks três anos de garantia sem limite de quilometragem, assistência 24h gratuita por dois anos e preços fechados de manutenção periódicas transparentes, como citado acima.
Galeria de fotos:
Ficha técnica
Motor | Bloco e cabeçote em alumínio |
Tipo | Dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16 válvulas, acelerador eletrônico, bicombustível (gasolina e etanol), sistema de Variação Contínua da Fase de Abertura das Válvulas (CVVTCS) |
Cilindrada | 1.598 cm³ |
Potência | 114 cv @ 5.600 rpm (etanol / gasolina) |
Torque | 15,5 kgfm @ 4.000 rpm (etanol / gasolina |
Taxa de Compressão | 10,7:1 (+/- 0.2) |
Diâmetro e curso | 78 mm x 83,6 mm |
Sistema de injeção | Digital / Multiponto / Semi-sequencial / Indireto |
Transmissão | XTRONIC CVT® com função Sport |
Relações de Marchas | Máx 4,006
Mín 0,458 Diferencial 3,921 |
Suspensão dianteira | Independente, McPherson e barra estabilizadora |
Suspensão traseira | Eixo de torção |
Freios | ABS de 4 canais e 4 sensores com EBD, discos ventilados (F) e tambores (T) |
Rodas | Liga leve aro 17 |
Pneus | 205/55 R17 |
Direção | Elétrica com assistência variável |
Número de voltas do volante | 3,1 |
Raio de giro | 10,2 m |
Relação da direção | 16,8 |

Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.