
Especialista pede atenção nos freios antes de viajar
A Federal-Mogul, por meio da sua divisão de freios, que fabrica os fluidos Jurid, recomenda revisão nos freios antes de pegar a estrada nesse período de férias. O engenheiro da empresa, Fanio Scarel, lembra que parte hidráulica do sistema de freios, que inclui a checagem do fluido, deve ser tratada com prioridade.
Scarel explica que o fluido é o responsável por transmitir a força aplicada ao pedal de freio para que as pastilhas ou lonas pressionem o disco ou o tambor e reduzam a velocidade do veículo. E que, sem a necessária eficiência, o sistema não conseguirá frear no tempo e no espaço necessários. Outra função do fluido, segundo Scarel, é promover a lubrificação interna do sistema.
A inspeção do sistema hidráulico é feita de maneira fácil, por intermédio do reservatório do fluído instalado no cofre do motor do veículo, com indicação do nível mínimo que deve conter para garantir frenagem segura.
Troca de fluido
O manual de proprietário dos veículos indica o momento de substituição do fluido de freio. Mas, independentemente das recomendações do fabricante, o engenheiro salienta que a cada 10 mil quilômetros seja feita a substituição, pois é um produto com data de validade e, pelo fato de ser higroscópico (absorver a umidade do ar), pode ter as suas propriedades físicas e químicas alteradas e empobrecidas, comprometendo a eficiência do sistema.
Outra advertência de Scarel: nível baixo do fluido significa que o sistema pode estar com vazamento ou com desgaste do material de fricção (pastilhas e lonas de freio). O técnico também observa para a atenção aos demais componentes do conjunto de freio:
– Desgaste das pastilhas/lonas de freio – Com inspeção visual ou aviso sonoro. Algumas pastilhas de freio têm um sensor de desgaste elétrico ou mecânico que sinaliza o momento da troca.
– Verificação visual dos componentes – Molas de retorno e retenção, alojamento das pastilhas e sapatas, buchas e componentes de borracha. Borrachas e metais umedecidos por fluido de freio indicam vazamento dos anéis ou dos retentores. Caso isto ocorra, é necessária a substituição urgente do componente comprometido.
– Altura ou espaço percorrido pela alavanca de freio de mão. Longo curso da alavanca de freio de estacionamento indica desgaste do material de fricção, posicionamento irregular, falta ou inexistência de regulagem automática das sapatas ou quebra de componentes do sistema traseiro.
– Profundidade de acionamento do pedal de freio. Caso o pedal apresente longo curso/espaço para acionamento dos freios, indica a existência de algum problema, como desgaste de pastilhas ou lonas, falta de regulagem das sapatas, ar no sistema hidráulico ou vazamento de fluido.
– Desvio direcional do veículo. Quando, ao frear o veículo, existir qualquer desvio de direção (rodas puxando para os lados) revela algum tipo de problema no sistema de freio ou nos componentes de suspensão do veículo.
– Odor do sistema de freio. Odor exalado pelo sistema sinaliza possível irregularidade, como travamento ou pastilhas ou lonas com dilatação. Com exceção de instalação recente do material de fricção ou após os freios serem muito exigidos em situações adversas, como em descida de serra, ladeiras ou exigido em alta velocidade.
Editado por Carol Vilanova

Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.