Nas pistas: Copa HB20: uma disputa de carros de verdade
Fotos: Duda Bairros e Renato Mafra
O mesmo carro que a gente vê nas ruas disputando nas pistas mais velozes do Brasil. Ou quase isso. A Copa Shell Hyundai HB20 teve largada em 2019 como uma categoria no qual os bólidos devem ser idênticos em aspectos técnicos e mecânicos, com regras regidas pela Hyundai. O que vale mesmo é a destreza do piloto na tocada e na maneira de cuidar do equipamento durante a prova.
Toda gestão da categoria é feita exclusivamente pela H. Racing Garage, que prepara todos os carros produzidos em um lote único na fábrica da montadora em Piracicaba (SP). É uma estrutura de equipe única, no qual todos os carros são preparados pela H Racing, que também faz a manutenção dos bólidos durante e entre as etapas.
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Segundo a organização da categoria, o departamento de engenharia da Hyundai do Brasil participou ativamente da concepção do projeto. Durante o ano de 2018, o hatch de competição foi testado com base na versão de série com motor 1.6, passou por um trabalho intenso de desenvolvimento, que rodou milhares de quilômetros considerando os testes e as participações no Campeonato Brasileiro de Turismo Nacional.
O compacto Hyundai HB20 de corrida utiliza o mesmo 1.6 do modelo de série e uma transmissão sequencial de seis velocidades. A principal diferença visual nos carros é a estrutura de proteção tubular.
A preparação feita pela H. Racing permite aumentar a potência em 20% em relação à versão original, com cerca de 160 cv. Dessa forma, os bólidos chegam a ultrapassar os 200 km/h em grandes retas.
Temporada de 2023
A temporada 2023 da Copa Shell Hyundai HB20 será disputada em oito etapas, visitando seis autódromos diferentes entre abril e dezembro. No grid são posicionados 40 carros e 46 pilotos estão confirmados, já que alguns pilotos correm em dupla.
Na equipe monogestão trabalham cerca de 80 pessoas entre mecânicos, colaboradores e os pilotos, totalizando cerca de 130 pessoas. Os mecânicos são profissionais que tem alguma experiência com corrida ou que estejam começando no meio.
O ritmo de trabalho para um mecânico de corrida é muito intenso e requer experiência. Além da equipe fixa na H Racing, também contam com freelancers em determinadas etapas. Normalmente são profissionais que já trabalham em outras categorias monogestão.
Para um final de semana de corrida, a equipe leva todas as peças que os carros podem precisar: portas, para-choques, retrovisores, motores, câmbios… De acordo com a organização, é difícil mensurar a quantidade de componentes, ou seja, toda peça que pode sofrer desgaste ou quebrar tem que ter reposição.
Depois da etapa, os carros são levados para a oficina da equipe e passam por um check list, onde são verificados amortecedor, semieixo etc. É uma revisão completa dos carros. A organização afirma que tudo o que aconteceu durante a corrida é levado em consideração, como o motor, que é colocado em dinamômetro. Lá eles são revisados para que tudo esteja pronto e equalizado para a próxima etapa.
Ficha técnica do novo carro da Copa Shell Hyundai HB20:
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