Dicas para troca de amortecedores de motocicletas

Dicas para troca de amortecedores de motocicletas

Foto: freepik.com

Mecânica Duas Rodas  Dicas para troca de amortecedores de motocicletas

Apoio técnico: Magneti Marelli Cofap

Quando assunto é motocicleta, a segurança depende muito do bom funcionamento do sistema de suspensão. Esse conjunto tem a responsabilidade de reduzir os impactos causados pelas imperfeições do piso, trazendo mais segurança, estabilidade em frenagens e curvas e, claro, conforto para o motociclista.

A suspensão dianteira é formada por um conjunto conhecido como “garfo” ou “bengalas”, composto de um tubo cilíndrico externo e um tubo cilíndrico interno de cada lado da roda. Na traseira, temos um ou dois amortecedores encaixados no quadro e na balança da roda, braço oscilante e o link. Mola e amortecedor, que formam uma única unidade.

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Dicas para troca de amortecedores de motocicletas

Os amortecedores têm a função de absorver os impactos do piso, mantendo o pneu em contato constante com o solo proporcionando estabilidade da motocicleta, segurança e conforto. A peça também controla os movimentos de subida e descida da suspensão, mantendo sempre o contato do pneu da motocicleta com o solo.

Por ser o componente mais importante no comportamento dinâmico das motos, o amortecedor requer cuidados especiais na manutenção e substituição quando necessário, já que o tempo faz com que aconteça o desgaste natural, que pode comprometer o seu funcionamento.

Fabricante dos componentes da marca Cofap, a Magneti Marelli revela os tipos de amortecedores para motocicletas. São eles: Bishock e monoshock (dois ou somente um amortecedor), bitubular e monotubular (tecnologias diferentes, que utilizam dois tubos – externo e de pressão – ou apenas um tubo, com projeto mais sofisticado).

O portfólio da Cofap inclui amortecedores para motocicletas de baixa e alta cilindrada, tanto do tipo monoshock quanto bishock. Vale lembrar que na hora da compra o mecânico deve ficar atento com a correta aplicação do produto (marca, modelo, ano da moto) e com a confiabilidade e qualidade conhecida/comprovada da marca do amortecedor.

Manutenção preventiva

Em relação a inspeção das condições e troca do componente, a Magneti Marelli recomenda fazer as revisões periódicas, que devem acompanhar os intervalos recomendados pelo fabricante do veículo, e, também, antecipadamente, em casos em que o usuário perceba algum tipo de ruído na suspensão ou sinta alguma mudança na performance do veículo.

Para identificar se o amortecedor da motocicleta tem algum problema e precisa ser substituído é necessário avaliar a presença de vazamento de óleo, deterioração das buchas e perda de ação (o amortecedor fica mais “mole”), segundo a empresa. A utilização dos componentes sem ação pode prejudicar a dirigibilidade, aumentando os riscos de acidentes.

Se esse procedimento de verificação não for efetuado, pode ocorrer a perda de estabilidade, comprometendo a segurança, além do grande risco de prejudicar outros componentes da suspensão.

Momento da substituição 

O amortecedor de motos não é vendido como kit. O item já vem com todos os componentes para montagem (buchas, batente e guarda-pó). Buchas e rolamentos do braço oscilante e do link devem ser verificados a cada troca de amortecedor e substituídos, se necessário, segundo a Cofap

Na hora da montagem do amortecedor, o mecânico deve estar antenado em relação a outros componentes que fazem parte do sistema de suspensão, verificando as condições de buchas, rolamentos do braço oscilante e link, para o perfeito funcionamento do conjunto.

Outra dica fundamental para a correta montagem de um amortecedor de moto é examinar o alinhamento dos pontos de fixação e chassi para que o amortecedor não trabalhe em posição forçada. Verifique também a situação das buchas e rolamentos do braço oscilante e link, substituindo caso seja necessário.

Diga não aos amortecedores remanufaturados ou recondicionados

Trata-se de amortecedores que foram descartados e, a título de “recondicionamento”, recebem uma pintura nova ou, no máximo, tem o óleo original substituído por um fluido fora dos parâmetros exigidos para o seu correto funcionamento. Vale informar que o óleo utilizado no interior dos amortecedores de suspensão é desenvolvido especificamente para esse tipo de componente, segundo formulações especiais, adequadas às temperaturas e características de trabalho exclusivas.

Além do óleo, dependendo do amortecedor, pode haver mais de 50 componentes internos que também sofrem desgastes e que não podem ser substituídos no “recondicionamento”. Esses componentes não são encontrados no mercado e, dessa maneira, não há como o recondicionador substituí-los. Essa condição certamente prejudica muito a eficiência do amortecedor e a sua eficácia, comprometendo diretamente a segurança.

 

 

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