Aquele botão vermelho no volante é a cereja do bolo do Fastback na versão Abarth. O modelo é equipado com o motor 1.3 Turbo Flex da família T270, de quatro cilindros em linha, com potência máxima de 185 cv quando abastecido com etanol e torque de 270 Nm disponível já a 1.750 rpm.

E quando o botão Poison é acionado, o mapeamento do acelerador é alterado, reduzindo o curso necessário para obter respostas mais rápidas. Na prática, a sensação é de maior prontidão do motor, com ganho perceptível em agilidade, especialmente em saídas de curva e ultrapassagens. A atuação do sistema eletrônico mantém controle sobre o torque entregue às rodas dianteiras, evitando perdas excessivas de tração.

É pura esportividade. Desenvolvido sobre a mesma base do Fastback convencional, o Fastback Abarth se diferencia pela calibração específica do conjunto motriz, suspensão e direção, elementos que definem o comportamento do veículo na condução.

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Na prática, a entrega de torque em baixa rotação determina a resposta imediata ao acelerador, especialmente em uso urbano e em retomadas de velocidade. Durante a condução, o motor demonstra funcionamento linear, com respostas progressivas e sem hesitação, mesmo em faixas intermediárias de rotação.

Associado ao câmbio automático de seis marchas, o conjunto apresenta escalonamento que privilegia o desempenho sem comprometer a dirigibilidade no dia a dia. As trocas ocorrem de forma rápida e previsível, com boa leitura das intenções do motorista.
Em acelerações mais intensas, o câmbio mantém marchas por mais tempo, enquanto em condução constante prioriza rotações mais baixas, contribuindo para conforto acústico e estabilidade térmica do conjunto.

Um dos diferenciais do Fastback Abarth está nos modos de condução. Além dos modos Sport e Manual, o modelo conta com o modo Poison, exclusivo da marca.
A suspensão segue o esquema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, arquitetura já conhecida no modelo, mas com calibração específica na versão Abarth. O ajuste privilegia maior controle da carroceria, com redução de rolagem em curvas e respostas mais diretas às transferências de peso.

Em pisos irregulares, o conjunto mantém absorção compatível com o uso urbano, embora transmita mais informações ao condutor, característica alinhada à proposta da versão.
A direção elétrica também recebeu ajustes e apresenta relação mais direta. Em manobras urbanas, o diâmetro de giro de 11,1 metros facilita o uso cotidiano, enquanto em velocidades mais altas a assistência reduzida contribui para maior precisão.

O sistema de freios conta com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com atuação progressiva e consistente. Mesmo sob condução mais exigente, o conjunto manteve desempenho estável, auxiliado pelo controle eletrônico de estabilidade, que atua de forma pouco intrusiva.
Segundo a montadora, o esportivo acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e atinge velocidade máxima de 220 km/h com etanol.

No uso diário, o Fastback Abarth mantém características funcionais de um SUV com perfil de cupê, como a altura do solo próxima de 189 mm e o porta-malas de 600 litros, conciliando desempenho com versatilidade.
Do ponto de vista mecânico, a versão Abarth se diferencia menos por alterações estruturais e mais pelo refinamento de calibração, entregando um conjunto alinhado à proposta de condução esportiva dentro do segmento.
Ficha técnica
| Motorização | 1.3 Turbo Flex |
| Posição do motor | Transversal dianteiro |
| Número de cilindros | 4 em linha |
| Cilindrada | 1.332 cm³ |
| Diâmetro x curso | 70 x 86,5 mm |
| Taxa de compressão | 10,5:1 |
| Potência máxima | 180 cv (gasolina) / 185 cv (etanol) a 5.750 rpm |
| Torque máximo | 270 Nm (27,5 kgfm) a 1.750 rpm |
| Válvulas por cilindro | 4 |
| Comando de válvulas | Simples no cabeçote |
| Sistema de injeção | Eletrônica BorgWarner – ECM GPEC5 |
| Combustível | Gasolina / Etanol |
| Transmissão | Automática de 6 marchas |
| Relações de marcha | 1ª: 4,459 · 2ª: 2,508 · 3ª: 1,556 · 4ª: 1,142 · 5ª: 0,852 · 6ª: 0,672 · Ré: 3,185 |
| Tração | Dianteira |
| Relação do diferencial | 3,683 |
| Suspensão dianteira | McPherson independente com barra estabilizadora |
| Suspensão traseira | Eixo de torção com rodas semi-independentes |
| Amortecedores | Hidráulicos telescópicos |
| Direção | Elétrica, pinhão e cremalheira |
| Diâmetro mínimo de giro | 11,1 m |
| Freios dianteiros | Discos ventilados de 305 mm |
| Freios traseiros | Tambor de 203 mm |
| Controle eletrônico | ESC de série |
| Rodas | Liga leve 7,5” x 18” |
| Pneus | 215/45 R18 |
| Comprimento | 4.439 mm |
| Largura (com espelhos) | 1.990 mm |
| Altura | 1.550 mm |
| Entre-eixos | 2.530 mm |
| Altura mínima do solo | 188,8 mm |
| Ângulo de entrada | 20° |
| Ângulo de saída | 22,8° |
| Peso em ordem de marcha | 1.310 kg |
| Capacidade de carga | 400 kg |
| Volume do porta-malas | 600 litros |
| Capacidade do tanque | 45 litros |
| Velocidade máxima | 220 km/h (etanol) / 219 km/h (gasolina) |
| Aceleração 0–100 km/h | 7,6 s (etanol) / 8,0 s (gasolina) |
| Consumo urbano | 10,8 km/l (gasolina) / 7,3 km/l (etanol) |
| Consumo rodoviário | 12,9 km/l (gasolina) / 9,0 km/l (etanol) |

Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.



