Salão do Automóvel retorna Anhembi com novos formatos

Salão do Automóvel retorna Anhembi com novos formatos

O Salão do Automóvel retorna em 2025 ao Pavilhão de Exposições do Distrito Anhembi, em São Paulo, local onde o evento foi realizado pela primeira vez em 1970. A volta ocorre após as obras de modernização feitas no complexo, que passou a contar com 76 mil m² e capacidade para receber cinco eventos simultâneos. O retorno marca um ciclo histórico do setor e reforça o papel do Anhembi como espaço central de grandes feiras automotivas.

Segundo Gustavo Pires, presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), a concessão do complexo permitiu melhorias estruturais que viabilizaram a retomada. Ele afirma que a expansão do mercado automobilístico e o avanço tecnológico favorecem a realização de eventos de grande porte, com impacto direto no turismo e na economia da cidade.

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O Salão do Automóvel tem uma trajetória marcada por estreias importantes desde sua primeira edição. Em 1970, o público viu a apresentação de modelos como Dodge Charger V-8, Alfa Romeo 2150 da FNM, Corcel GT, Galaxie Landau, Karmann-Ghia TC e os Volkswagen TL e Variant. Dois anos depois, em 1972, o evento reuniu 236 expositores e ganhou projeção internacional ao apresentar Dodge 1800, Maverick, Chevette, Puma GTB, SP-2, MP Lafer e o Kadykete, apontado como o primeiro veículo elétrico brasileiro produzido em grande volume.

Na edição de 1978, o público recorde de 780 mil visitantes ocorreu em um ano em que a indústria automobilística nacional registrou oito milhões de unidades produzidas. A década seguinte trouxe mudanças estruturais no setor. Em 1986, os veículos a álcool representaram 96% das vendas no país, mas a indústria nacional ficou de fora do evento devido a divergências entre Anfavea e organizadores, resultando na participação exclusiva de empresas estrangeiras. Em 1988, a indústria apresentou os primeiros modelos nacionais equipados com injeção eletrônica, entre eles o Monza FI e o Gol GTI.

A abertura econômica dos anos 1990 alterou o cenário do Salão. A edição de 1990 registrou 330 expositores e 711 mil visitantes, marcando a chegada em massa de fabricantes estrangeiros. Em 1992, nacionais e importados dividiram espaço na feira, refletindo as mudanças regulatórias e a diversidade crescente de modelos no país. Em 1994, veículos populares e carros de luxo dividiram atenção do público, e em 1998, mesmo com crise no setor, o evento atraiu cerca de 500 mil pessoas.

Entre as edições de destaque está a de 2004, quando o Nissan Xterra preparado pela empresa norte-americana HPC chamou atenção. O veículo possuía recursos como lança-chamas e bocais que vaporizavam gás pimenta, equipamentos permitidos apenas em zonas de conflito. A demonstração tinha objetivo de mostrar dispositivos usados por civis em áreas de guerra para autoproteção.

Em 2014, a feira ainda no Anhembi apresentou uma novidade operacional ao oferecer uma área de test-drive instalada no Sambódromo. A iniciativa atraiu 756 mil visitantes e ampliou a interação do público com os lançamentos da época.

Após sete anos fora do complexo, o Salão do Automóvel 2025 volta ao Anhembi entre 22 e 30 de novembro. A edição ocupará cinco pavilhões e tem expectativa de receber mais de 700 mil visitantes. O evento deve reunir lançamentos de veículos elétricos, híbridos e a combustão, além da participação ampliada de montadoras chinesas no mercado brasileiro.

 

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