Modelo de tradicional robustez da Land Rover, se destaca pela imponência e pelo conjunto de powertrain muito bem acertado. O visual quadrado remete a um estilo retrô com muita tecnologia
Texto: Carol Vilanova
Fotos: Edinho Paiva / Divulgação
Um veiculo especial e limitado. São apenas 56 unidades no Brasil, cada uma feita com a primorosa e artesanal mão de obra inglesa. Um carro de peso com muita tecnologia embarcada, que tem força combinada para uso em qualquer terreno. Não é barato, foi feito para poucos: R$363.784,00, com direito a mil e uma utilidades e recursos de segurança e conforto.
A versão Graphite é montada com base na versão SE, equipada com o belíssimo motor 3.0 SDV6 diesel , que alcança os 256 cv de potência e 600 Nm de torque. Um motor turboalimentado que desenvolve muito, mas muito bem na estrada, com muita elegância. Esse é um renomado conjunto projetado pela engenharia da marca, que combina muito bem com o sistema de transmissão automática de oito velocidades.
Um trem de força de categoria e primazia, que mais uma vez é complementado com muitos recursos tecnológicos e uma boa dose de economia. Sem é claro, deixar de lado a preocupação com a emissão de poluentes. O torque alto ajuda na hora de enfrentar os obstáculos fora de estrada, onde o veículo domina, com força e altura. Seu tamanho não o habilita para ser um carro de corrida, mas é bem ágil.
A montadora, com justiça, se orgulha em divulgar uma maravilhosa foto do modelo rodando dentro d’água. Não fizemos esse teste, mas bem que deu vontade e o bichão iria embora, sem dúvida. Quem sabe na próxima….
O Discovery Graphite, diferente do Discovery Sport, que inclusive e produzido no Brasil, mantém aquele visual quaradinho do velho e bom Defender. A frente alta e imponente, que claro transfere sua grandeza para o interior. Acho até que a intenção é essa, deixar de lado as linhas mais modernas do restante da linha atual da Range Rover, e curtir um visual retrô e robusto ao extremo.
Com um design diferenciado, e mais uma vez remetendo aos DNA da Range Rover, o Discovery tem acabamento em cinza grafite na grade frontal, saídas de ar laterais. As rodas de aro 19 são desenhadas com sete aros duplos e também finalizado na cor grafite. Outra marca registrada fica evidente no amplo teto solar panorâmico, luxo e visibilidade. Ah, o porta-malas abre pra cima e pra baixo, o que ajuda na hora de carregar o veículo.
Um pouco mais de mecânica de ponta foi observada no sistema de suspensão do tipo pneumático, isso mesmo, com as devidas proporções o mesmo de um ônibus, montado sobre molas pneumáticas. Lógico que com muita tecnologia aplicada. Um dispositivo exclusivo, também bastante usado na linha da Land Rover, chamado Terrain Response®.
Por meio de um botão no console, ele ajusta automaticamente o comportamento do veículo de acordo com o tipo de terreno em que trafega. Quando a gente aciona o sistema mesmo com o carro parado, dá pra perceber o carro ficando mais alto e mais baixo… deve ser pra rodar de baixo d’água, subir em cima de pedras, tudo o que ele faz, sabe….
O Discovery tem espaço amplo para sete passageiros, inclusive os dois da terceira fileira são bem confortáveis e retráteis para usar o porta-malas completo. Aliás, tem saída de ar condiconado para todo mundo. Couro nobre e um painel todo desenhado em madeira, o nosso modelo tinha a cor creme Almond internamente. Mais um charme que tem a intenção de segurança: a luz que reflete dos retrovisores para o solo.
Completando o estilo e a luxuosidade do habitáculo está o no sistema de entretenimento In Control Apps. Tela do tipo screen touch, pode parelhar o smartphone e tem ainda entrada USB e um sistema de som nota 10 da Meridan.
Falando de segurança, oferece seis airbags e um tanto de dispositivos tecnológicos: Abs, assistência e distribuição eletrônica de frenagem, controle de descida, controle de estabilidade, etc. Além do controle de cruzeiro, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, monitor de ponto-cego e câmera de ré.
Um veiculo de peso para dirigir levemente, na posição elevada, no começo assusta um pouco, mas logo se acostuma e vira um carro de passeio, só dá um pouco de trabalho na hora de encontrar um espaço para estacionar. Mas para quem tem a bufunfa, vale a pena.
Ficha técnica
| Motor | 3.0 SDV6 diesel – turboalimentado |
| Cilindros e válvulas | 6 em V, 4 válvulas por cilindro |
| Comando de válvulas | No cabeçote, corrente |
| Potência | 256 cv @ 4.000 rpm |
| Torque | 61,2 kgfm @ 2.000 rpm |
| Taxa de compressão | 16:1 |
| Transmissão | Automática de 8 marchas |
| Tração | Integral |
| Suspensão | Dianteira: Independente, braços sobrepostos, molas pneumáticas
Traseira: Independente, braços sobrepostos, molas pneumáticas |
| Freios | Discos ventilados nas 4 rodas |
| Pneus e rodas | 255/55 R19 |
Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.
