Volkswagen comemora 50 anos do hacthback Brasilia

Volkswagen comemora 50 anos do hacthback Brasilia

Muito popular nos anos 70 e 80, a Volkswagen comemora 50 anos do hacthback Brasilia. O modelo compacto possuía concepção estilística que se destacava de qualquer outro VW em produção no Brasil ou na Alemanha e teve seu desenvolvimento, desde o projeto de estilo da carroceria aos protótipos, a cargo de engenheiros e técnicos brasileiros.

O VW Brasilia foi apresentado ao público em junho de 1973, há 50 anos, e teve mais de 1 milhão de unidades emplacadas e foi exportado para mais de 25 países. Cinco décadas depois, a Volkswagen comemora o Brasilia, batizado na ocasião para homenagear a capital nacional, e mostra detalhes de uma unidade não emplacada guardada cuidadosamente em sua Garagem, na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo.

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Esse é um modelo 1982, com menos de 500 quilômetros marcados em seu hodômetro e nunca rodou fora da Fábrica Anchieta. Seu motor é um 1.6 a gasolina com carburação dupla na cor metalizada Verde Mármore. O interior tem revestimento vinílico nas portas e laterais de bancos, os detalhes em madeira no painel e até um relógio do lado esquerdo do quadro de instrumentos. A versão LS também ostenta acendedor, bancos dianteiros com encosto para a cabeça e desembaçador traseiro.

Volkswagen comemora 50 anos do hacthback Brasilia

Em quase 10 anos de produção, o Brasilia atingiu a marca de 1 milhão de unidades fabricadas em seu sétimo ano de mercado. Foi o segundo veículo a conquistar tal feito – o primeiro foi o Fusca. Seu projeto começou ainda no início da década de 1970, com estudos e testes. O ponto de partida foi a plataforma mecânica da linha VW-1600, mas sua diretriz era clara: o mercado precisava de um veículo totalmente novo em estilo, em desempenho e de preço competitivo.

O primeiro passo foi a definição preliminar do estilo do veículo, sendo aprovado pelo então presidente da Volkswagen, Rudolf Leiding, e fruto do traço do designer Marcio Piancastelli. O veículo concebido tinha o seu ponto marcante no tamanho do para-brisa dianteiro, de dimensões realmente incomuns para a época. Fato curioso é que os técnicos chegaram às primeiras medidas visando o estabelecimento das dimensões aproximadas que o veículo teria, adotando como padrão de medida um boneco com o tamanho exato de um brasileiro médio.

Vale ressaltar também que, absolutamente todo o processo de desenvolvimento do veículo, desde o projeto de estilo da carroçaria aos protótipos, esteve a cargo de engenheiros e técnicos brasileiros.

De linhas retas e equilibradas, o Brasilia inaugurava uma nova tendência estilística para o automóvel brasileiro. Sua concepção obedeceu ao mais atualizado e racional design da indústria automobilística europeia da época. Ainda seduzia amantes das viagens pelo grande porta-malas dianteiro de 135 litros e pelo bagageiro interno, que possuía 273 litros com a possibilidade de alcançar até 970 litros.

O responsável por fazer mover o Brasilia era o motor 1.600 cm³ de 60 cv. Em 1975 veio a versão com dois carburadores, elevando a potência para 65 cv. O modelo já trazia recursos de segurança como painel acolchoado, freios a disco na dianteira, trava especial no capô dianteiro e estrutura já desenvolvida para absorver a energia cinética em caso de colisão, preservando o habitáculo e a segurança dos ocupantes.

Foi exportado para mais de 25 países, incluindo México, Venezuela, Portugal e Nigéria, seus principais mercados. Saiu de cena em março de 1982, deixando uma legião de fãs até os dias de hoje. Sim, o avô do Volkswagen Polo fez história…

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