
A Volkswagen iniciou a comercialização do novo SUV VW Tera no Brasil, com estreia marcada para o dia 5 de junho. Fabricado em Taubaté (SP), o modelo traz duas motorizações conhecidas dos mecânicos e da rede de serviços: o motor 1.0 MPI de até 84 cv e o 1.0 170 TSI com até 116 cv. Ambas as opções são flex e compartilham a plataforma MQB A0, já usada em modelos como Polo e Nivus.
Voltado à democratização do segmento de utilitários esportivos compactos, o Tera chega com uma proposta de manutenção acessível. Segundo a marca, o SUV é 4% mais barato de manter em relação aos principais concorrentes, com cesta de peças até 35% inferior à média do segmento — dado que pode favorecer o mercado de reposição e o pós-venda independente.
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Transmissões e versões
O novo SUV VW Tera será oferecido em quatro versões: MPI, TSI, Comfort e High. As duas primeiras trazem o câmbio manual de cinco marchas, enquanto as configurações Comfort e High contam com a transmissão automática de seis marchas — também já conhecida da linha Volkswagen, o que facilita diagnósticos e reparos.
A versão de entrada (MPI MT), com lote limitado de 999 unidades e preço inicial de R$ 99.990, oferece uma oportunidade para consumidores que buscam um modelo mais acessível com mecânica descomplicada.
Equipamentos e arquitetura técnica
Mesmo nas versões mais simples, o Tera oferece direção elétrica com regulagem de altura e profundidade, controle de tração (ASR) e estabilidade (ESC), além de sistema de frenagem autônoma de emergência (AEB). Também estão presentes recursos como assistente de partida em rampa (HHC) e sensores de estacionamento, itens que exigem atenção especial no momento de diagnósticos e serviços.
Em termos de arquitetura eletrônica, o modelo traz o novo aplicativo Meu VW 2.0 com integração ao sistema Otto — uma inteligência artificial embarcada que permite acesso remoto a dados do veículo, como manutenção, autonomia e manual digital. Esse novo sistema requer adaptação de oficinas para lidar com diagnósticos por software e integração com o aplicativo.
Plataforma e manutenção preventiva
Montado sobre a plataforma MQB A0, o Tera compartilha boa parte de seus componentes estruturais e mecânicos com modelos já consagrados da marca. Isso favorece a curva de aprendizado de reparadores independentes e garante oferta já consolidada de peças de desgaste, como filtros, discos de freio, kits de suspensão e correias.
O motor 1.0 MPI, por exemplo, é o mesmo usado em Gol e Up!, com histórico conhecido de manutenção simples e baixo custo operacional. Já o 170 TSI equipa também modelos como Polo e Nivus, com turbocompressor e injeção direta, o que exige cuidados adicionais com combustível e intervalos de troca de óleo.
Pós-venda e mercado de reposição
Com foco em redução do custo de propriedade, o Tera chega com promessas relevantes para o pós-venda: menor custo de manutenção em 4 anos ou 60 mil quilômetros, além de mais de 45 acessórios originais disponíveis, como soleiras iluminadas e carregadores por indução.
Para o mercado independente, espera-se boa absorção dos componentes pelas redes paralelas, favorecendo o giro de estoque de peças e a movimentação nas oficinas especializadas em Volkswagen.
Conclusão
A chegada do Tera representa mais um passo da Volkswagen no segmento de SUVs compactos, agora com uma abordagem que privilegia motorização já testada no mercado brasileiro, foco em manutenção acessível e integração tecnológica que exigirá adaptação das oficinas mecânicas. O modelo deve se destacar pela familiaridade mecânica e ampla rede de assistência, fatores decisivos para mecânicos e centros automotivos que trabalham com veículos da marca.

Carolina Vilanova, editora da Revista e Portal Oficina News, é jornalista (Mtb 26.048) e trabalha desde de 1996 na imprensa editorial automotiva. Em 2003 iniciou sua participação no mercado da reparação e reposição automotiva, inclusive como editora da Revista o Mecânico por 12 anos. No ano de 2014, idealizou o Portal Oficina News, que em 2016 teve sua versão impressa publicada, a Revista Oficina News, sob a chancela da Editora Ita & Caiana. Sob sua responsabilidade editorial, publica também a Revista Frete Urbano.