Dicas para instalação do amortecedor

Dicas para instalação do amortecedor

Mecânica Leve: Dicas para instalação do amortecedor

 

Segurança, conforto e estabilidade na direção. Quer garantir esses três pilares para o seu cliente? Faça a inspeção e troca dos amortecedores do veículo no prazo recomendado.

A recomendação é verificar o sistema de suspensão a cada 10 mil e considerar a substituição dos componentes a cada 40 mil a 60 mil km, dependendo das condições de uso e da recomendação do fabricante.

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A Nakata, fabricante não só do amortecedor, mas de outros itens do sistema, destaca algumas dicas na hora do reparo do sistema. Primeiramente a importância de se utilizar equipamentos de proteção individual no processo de inspeção e troca das peças: sapatos de segurança, luvas e óculos de proteção.

Além disso, a engenharia da marca indica que o ambiente de oficina deve ser limpo e organizado, as ferramentas precisam estar em local de fácil acesso e, de preferência, que haja um elevador para levantar o veículo, isso vai agilizar o trabalho e tornar a operação mais segura.

Ferramentas e equipamentos necessários

Elevador e, se a oficina não tiver elevador disponível, serão necessários 4 cavaletes, macaco hidráulico, ferramentas universais como: soquetes, cabo de força, catraca, além das especiais como encolhedor de mola, sacador para pivô e terminal.

Existem no mercado kits de ferramentas especiais para substituição de amortecedores que atendem grande parte das peças existentes no mercado e são necessários para processos como, por exemplo, travar a haste do amortecedor no momento do torque final.

Lembrando que, em hipótese alguma deve ser utilizado alicate sobre o cromo da haste de um amortecedor, pois ele provoca ranhuras irreversíveis, podendo ocasionar rompimento do selo de vedação e vazamento do óleo.

Condições da peça

A inspeção visual é fundamental, sendo importante que o mecânico verifique desgaste do amortecedor, o estado do batente, o coxim, a coifa, isolador de mola, e a própria mola que não pode apresentar nenhuma oxidação, trincas ou marcações de contato entre elos.

Além de sinais de desgaste, ruídos provenientes da suspensão, falta de estabilidade em curvas, vazamentos de óleo do amortecedor, desgaste escamado dos pneus e balanço excessivo em freadas ou arrancadas, o reparador deve iniciar a avaliação com o teste de rodagem. Precisa verificar quais as condições dinâmicas do veículo, a dirigibilidade, comportamento em curvas, aceleração e desaceleração.

No amortecedor é preciso verificar se há alguma quebra de fixação ou condição anormal do kit, batente, coifa e coxim. Para que o amortecedor entregue 100% do seu rendimento é fundamental que o kit esteja preservado.

Em seguida, fazer uma análise do estado dos pneus que não podem apresentar desgaste escamado ou sinais de deformação.

Se necessário, remover a peça e fazer uma verificação na bancada sobre as condições gerais do componente, atentar para o estado da haste. As cargas de tração e compressão só podem ser avaliadas com precisão em equipamentos próprios.

A qualidade, procedência e compatibilidade com a peça original são fatores fundamentais.

O que mais deve substituir?

Na substituição do amortecedor é importante substituir também o kit, composto por batente, coifa e coxim. Esses componentes trabalham em conjunto com o amortecedor e se estiverem desgastados vão comprometer o rendimento do novo amortecedor.

Além disso, peças como bandeja, barra estabilizadora, molas, pivôs e terminais devem ser obrigatoriamente checados. O mecânico também não pode esquecer de verificar o estado dos pneus e sua calibragem.

Facilidade do Kit suspensão

Além de fabricar os amortecedores HG no Brasil, a Nakata conta com uma linha de kits de batente, coifa e coxim. É importante destacar para que o amortecedor entregue 100% do seu rendimento é fundamental que o kit esteja preservado.

O kit de amortecedor é composto por peças que costumam ser trocadas juntas e com maior frequência do que outros componentes. Os kits de amortecedor contam com coxim, coifa e batente, e cada uma dessas peças é de fundamental importância para manter as rodas no chão. Veja só:

– coxim: é uma peça de metal com revestimento feito de borracha, além de rolamento em algumas aplicações. Essa peça recebe o impacto da suspensão do carro, sustentando o amortecedor na carroceria e permite o movimento de giro da direção;

– coifa: é uma capa que envolve a haste do amortecedor, protegendo-a contra a poeira, penetração de detritos e água. É feita de borracha por se tratar de uma peça de vedação;

– batente: trata-se de uma segunda mola, é ele que protege o amortecedor e a mola nos movimentos mais fortes de fechamento da suspensão, sendo dimensionado para manter o curso livre do amortecedor dentro de uma determinada medida. Reduz, assim, as batidas de final de curso aumentando a vida útil da mola e do amortecedor.

Os componentes do kit do amortecedor também podem ser adquiridos separadamente em algumas aplicações.

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Antes da montagem

É preciso escorvar ou equalizar os amortecedores antes da instalação. Com a peça na vertical, basta realizar o movimento de abrir e fechar completamente a haste por cinco vezes ou até observar que não há vazios no seu deslocamento. Se a haste fica firme desde o início até o final do processo, o ar foi removido.  Caso não esteja firme, será necessário repetir o movimento até sentir que o ar foi eliminado. Esse procedimento deve ser realizado porque os amortecedores ficam no estoque na posição horizontal, fazendo com que óleo se desloque deixando espaço para entrada do ar no tubo interno.

Após equalizar o amortecedor, ele não deve mais ficar na horizontal senão o procedimento de equalização deverá ser realizado novamente. No certificado de garantia que acompanha a peça há instruções detalhadas desse procedimento.

Além disso, ao instalar o amortecedor, o profissional deve observar a correta posição de montagem dos coxins e demais acessórios, não segurar a haste com alicate ou ferramentas inadequadas, não utilizar parafusadeira pneumática para apertar a porca da haste, fazer revisão completa da fixação de toda a suspensão e no final o alinhamento da direção.

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Teste antes e depois

O teste de rodagem é uma importante etapa no momento de fazer o diagnóstico no veículo. Considerar apenas o relato do cliente sobre o defeito do veículo, sem levar em conta outras variáveis, como o teste de rodagem, não é recomendável, pois ao desmontar o veículo esta tarefa de encontrar o problema pode ficar bem mais complicada.

O teste de rodagem pode auxiliar a encontrar o defeito. Basta estabelecer uma área para trafegar, contemplando ruas com elevações, depressões e curvas para que a testagem seja bem completa.

Com um checklist em mãos, é possível marcar todos os defeitos encontrados para que não ocorram esquecimentos. O checklist é parte importante no teste de rodagem já que, muitas vezes, não é a mesma pessoa que realizará o diagnóstico e o reparo.

Após concluir o serviço de substituição dos amortecedores e demais componentes da suspensão, o teste de rodagem deve ser repetido para garantir que os problemas foram solucionados e que o carro se encontra em perfeito estado perfeito para entrega ao cliente.

 

 

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