De olho na saúde e na segurança dentro da oficina

Seguir recomendações tendo em vista a integridade física do profissional no ambiente de trabalho faz parte de um pacote de medidas em busca da melhoria contínua

Texto: Carolina Vilanova

Colaboração: IQA (Instituto da Qualidade Automotiva)

Não tem como negar: a oficina mecânica é inserida num ambiente que pode colocar em risco a saúde e a segurança do profissional. Isso porque eles estão expostos diariamente a produtos que oferecem risco, a componente pesados, e até mesmo a poluição do ar e sonora, por conta do barulho registrado e das emissões de fumaça proveniente da queima de óleo.

Mas esse é um tema que ganhou bastante atenção entre os empresários do setor da reparação, inclusive, a prática de utilizar equipamentos de proteção individual e seguir algumas recomendações como obrigatoriedade ficou mais aceita nos dias de hoje. É, antigamente, o próprio trabalhador se negava a utilizar esses equipamentos, pois diziam atrapalhar o serviço.

Mas como tudo no Brasil, o que não se faz por bem, se faz por mal, e o Ministério do Trabalho e a legislação em vigor passaram a exigir que os donos de oficina disponibilizassem material de proteção e treinamento para os seus funcionários, que têm a obrigação de usá-los. Ou seja, acabou esse papo de “não gosto de usar” ou “atrapalha”. Se tornou lei, e um pouco depois eles entenderam a necessidade do uso.

E não é somente na hora do reparo que se deve pensar na segurança: desde o recebimento do carro, o profissional já deve estar atento a cuidados em relação aos processos utilizados, como avaliação, preparo, o reparo propriamente dito e a entrega ao cliente. Tudo tem que ser feito com a maior segurança possível.

Do mais básico, como iluminação adequada do local de trabalho e o seu lay out até os equipamentos coletivos de proteção (EPC) e os individuais (EPI). Tudo tem que ser devidamente pensado. Afinal, acidentes custam caro, e ainda repercutem mal aos ouvidos dos clientes.

Toda estrutura deve ser pensada para preservar a integridade do funcionário, e isso é bom, pois empresas que pensam nos seus colaboradores são vistas com bons olhos pelos mesmos clientes.

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Algumas dicas de proteção para toda a oficina:

– lay out adequado com sinalizações e fluxograma

– boa iluminação e ventilação

– local apropriado para diagnóstico e orçamento

– ferramentas e aparelhos devidamente armazenados

– sistema de exaustão para expelir os gases nocivos

– áreas específicas com bancada e cavaletes para desmontagem e montagem

– tratamento de água e líquidos.

 

É claro que a manutenção desse local de trabalho é tão importante quanto construí-lo, por isso, fique atento à substituição de lâmpadas queimadas, verifique periodicamente o estado da fiação elétrica e das tomadas, mantenha o local de trabalho limpo, com piso sempre alinhado, pias e ralos desentupidos, eliminando vazamentos.

Vamos lembrar que hidrantes devem ser colocados em locais desimpedidos e com as mangueiras de água guardadas em locais apropriados, o que é uma exigência do Corpo de Bombeiros.

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Benfeitorias para o trabalhador

Vestiário

Chuveiro

Itens de higiene

Kit de primeiros socorros socorros

Convênios médicos e hospitalares

 

EPIs: agora é lei

É dever do trabalhador disponibilizar os EPIS e EPCs, de acordo com o Ministério do Trabalho, tudo é claro, em relação às atividades e serviços que oferece. Além de prover, é essencial que o empregador faça um treinamento mostrando para os seus colaboradores como utilizar esses equipamentos. Os EPIs – equipamentos de proteção individual – são imprescindíveis na hora de realizar um reparo.

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Conheça os principais EPIs:

– óculos

– protetor auricular

– luvas

– creme protetor para as mãos

– sapatos específicos

O funcionário tem que se conscientizar de que é obrigação utilizar os EPIs de forma correta, para o seu próprio bem estar e segurança, afinal. O funcionário recebe o EPI e assina um documento que comprova o recebimento e também o treinamento para uso do equipamento, ou seja, se ele não usar, quem mais uma vez vai se dar mal é ele mesmo.

Outra prática que acontece é a realização de exercícios físicos antes da jornada de trabalho, assim, o profissional tem mais disposição e ganha em produtividade e qualidade de vida. Isso diminui até o risco de acidentes e proporciona mais descontração na área de trabalho. Ou seja, tudo por uma qualidade de vida melhor.

 

Carol Vilanova

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