Boxes da Stock Car: mais do que oficina, uma experiência

Boxes da Stock Car: mais do que oficina, uma experiência

Nas pistas: Boxes da Stock Car: mais do que oficina, uma experiência

O que move os mecânicos da principal categoria do automobilismo nacional é a paixão, com longas horas e desafios diários, não tem trabalho fácil, mas a recompensa vem quando conquistam o pódio

Por incrível que pareça é na hora da largada que o mecânico de corrida pode respirar um pouco mais tranquilo, mas não por muito tempo. Sua responsabilidade de entregar um conjunto acertado para o piloto é gigante, e ele sabe disso. Fica de olhos estampados na tela da TV para acompanhar cada curva, e fica atento para qualquer imprevisto, que tem que ser resolvido em segundos.

O chefe de equipe da Full Time Sports na Stock Car, Maurício Ferreira, respira graxa desde muito cedo e sabe que a vida de mecânico na categoria não tem nada de glamouroso, e sim de muito trabalho, dedicação e paixão. Frequentou a oficina do meu pai que reparava carros de rua mas também mexia com carros de competição.

“Eu queria ser piloto, mas era muito caro, daí virei mecânico”, conta Maurício. “Com 12, 13 anos de idade eu vivia entre a mecânica de rua e a de competição, mas como eu era muito competitivo, fiquei no viés da competição. Montei motor, desmontei cambio, sabia fazer regulagem de motor desde muito cedo”.

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Depois de viver a experiência de trabalhar nas oficinas do automobilismo, inclusive na Europa, assim como um piloto, Maurício começou em categorias de base até chegar à Stock Car. E hoje conta com uma estrutura de equipe grande, tendo a Mobil como grande patrocinadora, pilotos de ponta como o argentino Mathias Rossi e, ninguém menos que Rubens Barrichello.

“Estamos com o Rubinho há nove anos e a experiencia dele é gigantesca, porém nós seguimos aprendemos juntos. Ele adquiriu um know how muito grande sobre automobilismo, ele conhece como funciona e passa as informações muito detalhadas sobre o comportamento do carro, o que nos ajuda a entender melhor o conjunto e tomar a melhor decisão”, conta Maurício.

Mas ele analisa que isso depende muito do piloto, da capacidade técnica dele, o que ele tem de bagagem, e o quanto entende sobre a mecânica do carro, mas com boa uma dose de equilíbrio.

A oficina da Full time fica na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, e hoje a equipe conta com nove integrantes cuidar dos dois carros, o que é permitido por regulamento. A cada etapa, em uma nova cidade, eles embarcam literalmente uma oficina itinerante. “É como um circo itinerante, temos que levar toda a oficina para cada corrida, incluindo ferramental, rodas, peças de reposição, 100% do carro vai como reserva, tudo embarcado dentro da carreta”, explica Maurício.

Boxes da Stock Car

Os profissionais vêm de diversas origens, mas o chefe da equipe explica que aqueles que ficam são exclusivamente apaixonados pelo automobilismo. “A base é a paixão. Alguns mecânicos vêm do SENAI, mas a maioria começa como ajudante geral, lavador de peça e vai crescendo, ganhando experiencia e muitas vezes chegam a primeiro mecânico da equipe”, diz.

Ele continua: “a base de competição é muito louca, o glamour, a competitividade, as viagens. A competição é o que move o mecânico de uma equipe de corrida, porque na verdade é muito desgastante”.

Boxes da Stock Car

Detalhes do carro da Stock Car

A Full Time Sports corre representando a Toyota, com motores encomendados dos EUA, com uma curva de potência de 450 cv, quando aciona o “push to pass”, o motor ganha de 80 a 100 cavalos. Todos os conjuntos são gerenciados na Giaffone Racing.

Boxes da Stock Car: mais do que oficina, uma experiência

O câmbio é o X-Trac, a suspensão tem amortecedores Koni e os freios discos são da Freemax com as pastilhas Fras-le. Todo os competidores usam os mesmos componentes, inclusive os pneus Pirelli. Tudo isso para contenção de custos.

A categoria usa a aquisição de dados, chamado em geral de telemetria, recolhendo os parâmetros de quando o carro está na pisa. Esses dados são gravados numa unidade eletrônica e analisados depois, nada em tempo real, por contenção de custos.

 

 

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