A importância do lubrificante para a saúde do motor

A importância do lubrificante para a saúde do motor

A importância do lubrificante para a saúde do motor. Trocar o óleo do motor diesel no prazo e utilizar o produto certo são dois fatores imprescindíveis para que o veículo rode com segurança e tenha mais durabilidade

Texto: Carol Vilanova

Fotos: Divulgação

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Os benefícios do óleo lubrificante para a saúde do motor são vários, mas existe uma condição fundamental para isso: fazer a troca no prazo determinado pelo manual do proprietário. A função do lubrificante é muito mais do que lubrificar as partes móveis do interior do motor, por isso a necessidade de realizar as substituições em dia, com o produto adequado, é claro.

O lubrificante de qualidade também precisa ter outras funções, como propriedades de proteção das superfícies metálicas, que impedem a corrosão, o desgaste, o superaquecimento, e ainda reduz os níveis de ruídos do motor.

São dois tipos existentes no mercado, os que têm base mineral, processados a partir do petróleo bruto, e os sintéticos, que contém aditivos antioxidantes, detergentes, dispersantes, anticorrosivos, antiespumantes, melhoradores de viscosidade e antidesgastantes. Os “semissintéticos” ou “de tecnologia sintética” são formados da mistura destes dois tipos.

Além disso, os lubrificantes são classificados de acordo com especificações ditadas pelas condições de trabalho de cada motor. No manual do proprietário está descrito exatamente essas especificações, em relação ao tipo, viscosidade, classificação, nível, filtros e períodos de troca.

Também não é recomendando que se misture diferentes marcas dentro do motor, afinal os aditivos de cada óleo são diferente e podem reagir de forma indesejável quando misturados. Isso quer dizer que o nível do óleo não deve ser completado, o correto é retirar o óleo usado e colocar um novo.

Um motor com saúde e durabilidade depende da qualidade do óleo lubrificante utilizado, afinal também age na prevenção da entrada de contaminantes externos, principalmente, água, combustível e poeira.

A importância do lubrificante para a saúde do motor
A importância do lubrificante para a saúde do motor

Qual o óleo certo?

Miguel Lacerda, Diretor de Lubrificantes da Ipiranga, explica que apesar de vans e furgões serem equipados com motores diesel leve, os lubrificantes indicados para esses veículos se assemelham em muito com os lubrificantes para automóveis.

“Em sua grande maioria, são lubrificantes 100% sintéticos de viscosidade SAE 5W30, porém com o diferencial de, por conta da nova tecnologia de motores Euro V, a necessidade desses lubrificantes apresentarem característica de teores baixos SAPS (sigla em inglês para cinzas sulfatadas, fósforo e enxofre) para evitar o “envenenamento” dos filtros DPF diminuindo a sua vida útil”.

Segundo Daniel Menezes, Engenheiro de Aplicação de Lubrificantes Shell, para veículos usualmente mais antigos e anteriores a 2012, os requerimentos mais comuns são de óleo mineral SAE 15W40, que atendam classificações API e ACEA, menos restritivos em relação à compatibilidade com sistemas de emissão.

Os lubrificantes de baixo SAPS possuem a tecnologia mais avançada para esse tipo de atendimento. Lubrificantes com esse perfil atendem, além da categoria API SN, a categoria europeia ACEA C, de acordo com o engenheiro da Ipiranga.

No mercado brasileiro, a marca oferece o Ipiranga Brutus Sintético Verde 5W30 C2/C3, que tem essas características e foi desenvolvido sobre o conceito de sustentabilidade em todas as etapas da sua cadeia produtiva. “Seu processo de transformação de matéria-prima promove a exploração dos recursos minerais de forma responsável e com menor impacto ao meio ambiente. Sua embalagem é composta por exclusiva matéria-prima de origem vegetal (cana-de-açúcar) com redução de, pelo menos, 51% de plástico convencional. Sua formulação exclusiva ainda proporciona redução no consumo de combustível e no nível de emissão de CO­2”, explica Miguel.

Por sua vez, desde 2014, a Shell tem em seu portfólio lubrificantes que são produzidos a partir de gás natural: o Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus. “Além de um óleo básico muito mais puro e cristalino, resulta em um dos mais modernos lubrificantes sintéticos disponíveis no mercado, atendendo às necessidades dos mais exigentes motores e proporcionando uma série de benefícios, como maior limpeza e melhor desempenho do motor, maior economia de combustível, proteção superior contra desgaste e melhor performance em extremas temperaturas”, afirma Daniel.

Quando trocar?

Em todos os casos, o prazo para troca em veículos deve seguir o que está descrito no manual de manutenção do veículo. Porém, em média, o óleo deve ser trocado a cada 7,5 mil a 10 mil km quando é usado na maior parte do tempo em tráfego urbano.

A troca regular, mesmo em veículos que rodam muito, garante tanto a manutenção preventiva como também que o óleo esteja sempre nas condições ideias para proteger o motor, ainda mais em situações severas de funcionamento.

Já o uso de lubrificante inadequado pode acarretar sérios danos ao motor, garante Miguel. Além de falha na lubrificação, que pode ocasionar uma quebra, o uso de lubrificantes de alto teor de SAPS bloqueia o filtro DPF impedindo a sua regeneração (queima das partículas de fuligem presas no filtro). “Esse tipo de problema tem se tornado um inconveniente aos proprietários de van e furgões, aumentando os custos de manutenção do veículo pela troca prematura desses filtros”.

O engenheiro da Shell completa que essa prática pode acarretar ainda outros problemas, como formação de borra e de depósitos internos, aumento do desgaste dos componentes do motor e corrosão das partes, além da oxidação.

 

Entendendo o óleo lubrificante

Uma dica para não esquecer do momento da próxima troca é colar no para-brisas uma etiqueta anotada com a quilometragem do momento da troca e a quilometragem final. Esse tipo de prática pode salvar a vida do motor do seu instrumento de trabalho, portanto, use também o alerta do celular e aplicativos, que já estão disponíveis para smartphones. E não vai esquecer do filtro, hein….

 – Viscosidade: medida da espessura do fluido ou a resistência para fluir

– Classificações: indicam a fluidez e o desempenho do lubrificante. (SAE – Indica a característica de fluidez e de viscosidade de operação do lubrificante, seja a baixa ou altas temperaturas e ACEA ou API – Indica a classificação de desempenho do lubrificante).

– Ingredientes: aditivos de desempenho, detergentes, dispersantes, antidesgastantes, antioxidantes, anticorrosivos.

 DICA

Uma dica para não esquecer do momento da próxima troca é colar no para-brisas uma etiqueta anotada com a quilometragem do momento da troca e a quilometragem final. Esse tipo de prática pode salvar a vida do motor do seu instrumento de trabalho, portanto, use também o alerta do celular e aplicativos, que já estão disponíveis para smartphones. E não vai esquecer do filtro, hein….

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